Esportes

Jogadores ingleses que endossam movimento ‘antivax’ podem ser banidos da Copa do Mundo de 2022

Campanhas de desinformação têm sido problema em vestiários de grandes clubes; planejamento de Qatar pretende exigir passaporte de vacinação
O técnico e ex-jogador Gareth Southgate com a seleção inglesa durante a Copa de 2018 Foto: JEWEL SAMAD / AFP
O técnico e ex-jogador Gareth Southgate com a seleção inglesa durante a Copa de 2018 Foto: JEWEL SAMAD / AFP

O posicionamento de alguns jogadores em relação às vacinas contra a Covid-19 pode comprometer o desempenho da Inglaterra na Copa do Mundo de 2022. De acordo com o jornal britânico “The Sun”, o planejamento de Qatar não pretende dar brecha a qualquer possibilidade de proliferação do vírus durante o torneio, por isso, imunização integral e em dia será um item obrigatório. Mas cinco ingleses que compõem a seleção supostamente se recusam a aderir à proteção e, consequentemente, podem ser banidos.

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A reportagem não revelou o nome do quinteto, mas abordou as razões para justificarem os seus porquês. Um deles alegou que é “muito jovem e em boa forma física” para ser infectado pelo novo coronavírus; enquanto outro acredita que o imunizante é uma “ferramenta para os governos espionarem as pessoas”.

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A notícia ainda conta que três dos nomes da equipe treinada por Gareth Southgate são jogadores experientes e premiados, que chamaram atenção na última edição da Eurocopa.

Na próxima semana, eles embarcam para Pirenéus, onde irão disputar uma partida contra a seleção de Andorra, representado a sétima rodada das Eliminatórias para a Copa. O momento coincide com a flexibilização dos protocolos de viagem para quem está completamente imunizado .

Para isso, o quinteto que se recusa a se vacinar receberá uma isenção especial, o que pode virar um tema de revolta pública nos próximos dias. O técnico Southgate foi protagonista de uma campanha de vacinação em julho. Mas, ainda segundo o “The Sun”, depois ele contou que as respostas de pessoas antivax (quem não se vacina) não foram das mais agradáveis.

"De todas as coisas pelas quais recebi ofensas durante o verão (europeu), e foram várias, foi essa a que recebi mais ofensas", disse o ex-jogador.

A reportagem detalha que os vestiários e bastidores dos clubes estão repletos de notícias falsas e discussões que beneficiam a desinformação. Uma fonte que trabalha em um time disse que o assunto vem preocupado os dirigentes.

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“Vestiários e grupos de Whatsapp estão inundados com teorias de conspiração antivax. Muitos jogadores experientes foram enganados por argumentos e mitos online contra a vacina. E eles se recusam a mudar de ideia. Se o Qatar seguir em frente com os planos de exigir passaportes de vacinas da Covid de fãs e jogadores, isso vai estourar”, disse a pessoa.

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Um dos principais temores é que esse grupo de jogadores experientes influencie os mais jovens. O ministro dos Esportes, Nigel Huddleston, também comentou o assunto

“É decepcionante saber que pode haver alguns jogadores de futebol que não desejam ser vacinados, talvez devido à desinformação online”.