Maurício Thomas, técnico campeão da Superliga C: “Fizemos uma grande partida hoje. Não demos chance”

Missão da Moda Brusque já está no planejamento para a Superliga B 2022

Maurício Thomas, técnico campeão da Superliga C: “Fizemos uma grande partida hoje. Não demos chance”

Missão da Moda Brusque já está no planejamento para a Superliga B 2022

O título da Superliga C conquistado pela Abel Moda Brusque foi o primeiro passo na reconstrução do vôlei profissional na cidade. Coube a Sassá marcar o match-point da vitória por 3 sets a 0 sobre o Itajaí, que garantiu o acesso da equipe para a Superliga B de 2022. A torcida presente no ginásio do Sesi foi à loucura, assim como as jogadoras e o técnico Maurício Thomas.

Depois de dois títulos consecutivos da Superliga A masculina como auxiliar-técnico e, antes, uma conquista da Champions League europeia, Maurício Thomas realizou o sonho de poder voltar ser o técnico de uma equipe brusquense. O projeto saiu do papel e envolveu a Associação Brusquense de Esporte e Lazer (Abel), a Fundação Municipal de Esportes (FME) e a Diretoria de Turismo, que buscaram os recursos necessários com os patrocinadores que acreditaram na iniciativa.

Logo após a final, Thomas reservou elogios à equipe da Moda Brusque, que esteve comprometida com o objetivo de ser campeã e jogou com responsabilidade para vencer o Itajaí.

“Fizemos uma grande partida hoje. Não demos chance. Estudamos bem o time de Itajaí. Hoje de manhã nós viemos treinar, elas estavam mortas, mas fiz questão de trazer o time. Mas este compromisso, que elas têm que perceber que a gente tem, faz com que a seriedade das coisas aconteçam. Elas percebem isto no dia a dia. Elas jogaram com muita responsabilidade hoje.”

Em um elenco que mescla desde atletas jovens até as mais experientes, como Sassá (39 anos), Ednéia (41), Ju Nogueira (33) e Pully (35), Maurício Thomas destaca o aprendizado obtido durante a campanha. O treinador considera a caminhada até aqui fundamental para formar uma equipe vencedora.

“Reconheceram que não fizeram uma grande Superliga, mas há este aprendizado de trazer a Superliga para cá, aprender a ganhar, muitas não tinham isto, muitas são novas. Outras são experientes, como é o caso da Sassá, da Ednéia. Fizemos questão de ter estas atletas experientes para ensinar estas mais novas a aprender a ganhar. Aprender a ganhar é muito difícil, você tem que estar todo dia trabalhando. Nem sempre sabemos se vamos ganhar, mas temos que saber que fizemos o melhor. Esta é a mentalidade vencedora que eu espero levar à Superliga B.”

Com o primeiro título conquistado, o foco dos dirigentes e da comissão técnica se volta completamente à Superliga B, que deve ser disputada já no início do ano.

“É outra realidade, os recursos são outros, a caminhada vai continuar. Vamos ter que correr atrás de parceiros para poder criar um bom time, um time competitivo para a Superliga B. Temos as finais do estadual nos dias 5 e 6. Mas nossa cabeça já está na Superliga B. Era um dos objetivos do time, levar o time para a Superliga B.”

“A gente vai trabalhar para manter este time na Superliga B e, quem sabe, subir um dia. Trazer de volta o voleibol, trazer Brusque de volta ao lugar em que tem que estar. Brusque tem que estar na elite do voleibol brasileiro. É uma cidade apaixonada por voleibol. Que ama, respira voleibol, que está aqui todo dia com os torcedores, as famílias e vamos levantar esta equipe. Vamos levantar”, completa.

Juliana Nogueira Ju Nogueira Superliga C vôlei Moda Brusque
Ju Nogueira na semifinal contra a Chapecoense/Unoesc | Foto: João Vítor Roberge/O Município

Ju Nogueira foi uma das principais jogadoras da conquista. A ponteira e oposta tem passagens pela seleção brasileira e foi campeã da Superliga A em 2010-11. Com emoção, a atleta de 33 anos fala da gratidão ao técnico Maurício Thomas.

“Sou muito grata ao Maurício pela oportunidade. Porque eu meio que tinha largado o vôlei, né, ia tentar o vôlei de praia. E o Maurício insistiu muito para eu estar aqui, para ir junto com ele, com as meninas do projeto. Estou muito feliz e grata por tudo, mesmo.”

A central Emily, de 21 anos, é de Tubarão, e já sabia o que a esperava quando decidiu integrar o elenco da Moda Brusque. Ela já projeta permanecer na Moda Brusque para a Superliga B.

“Foi muito bom eu ter vindo para cá, porque eu já sabia que seria uma baita estrutura. Já joguei em Nova Trento, então já sabia como funcionava o projeto de Brusque, tudo muito. Fiquei muito feliz em trabalhar com o Maurício, que é um baita profissional, baita técnico. Evolui muito aqui e vou evoluir muito para esta Superliga B.”

Perguntada se permanecerá para a próxima temporada, ela responde com bom humor. “Esperamos que sim. Né, Maurício, vamos aí! (risos).”

Sassá foi uma das líderes da equipe rumo ao título | Foto: João Vítor Roberge/O Município

Aos 39 anos, Sassá tem vasta carreira no vôlei, com o ouro nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, e quatro títulos da Superliga A, entre outras conquistas. A ponteira veterana pretende continuar na equipe em 2022, agradece à cidade pelo apoio e fica feliz em dar o primeiro passo na retomada do vôlei brusquense.

“Tenho só a agradecer a todo o apoio da cidade de Brusque, da Fundação Municipal de Esportes. É uma cidade apaixonada pelo vôlei, a gente sabe da história que tem o vôlei feminino aqui na cidade, da paixão que todos os brusquenses têm pelo vôlei. Fiquei muito feliz em poder vir para cá, iniciar um projeto promissor. Acho que estamos no caminho certo, a gente conseguiu um título importante, que vai incendiar ainda mais esta paixão pelo vôlei aqui na cidade. E a gente vai continuar trabalhando para que este projeto perdure por longos anos.”

Emily conversa com Maurício Thomas na semifinal | Foto: João Vítor Roberge/O Município

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