Mundial de Judô – Final

Brasil fatura bronze na prova por equipes e encerra um Mundial com 3 medalhas, mas com sinal amarelo, quase vermelho, ligado.

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Equipe brasileira celebra a medalha de bronze. Foto: IJF

No 1º confronto por equipes, o Brasil pegou a Alemanha. E viu logo a Alemanha abrir 3-0, com derrotas de Maria Portela, Rafael Macedo e Maria Suelen Altheman, que levou um ippon em 11s! Rafael Silva e Rafaela Silva venceram e a pressão caiu sobre Eduardo Barbosa contra Anthony Zingg. O alemão derrubou o brasileiro, mas com um golpe ilegal, puxando-o pelo braço e foi desclassificado sumariamente. Empatado em 3-3, o confronto foi pro desempate. E a luta sorteada foi justamente a entre Barbosa e Zingg. Como o alemão havia sido desclassificado, não houve luta e o Brasil avançou com 4-3.

Nas 4as, pegou o Azerbaijão, que eliminara Portugal por 4-3. Eduardo Yudy Santos e Maria Suelen Altheman abriram 2-0, Rafael Silva perdeu, mas Rafaela Silva e Eduardo Barbosa fecharam o 4-1. Já na semifinal, o Brasil pegou o Japão e perdeu de 4-0.

Na disputa do bronze contra a Mongólia, Rafael e Rafaela Silva abriram 2-0. Eduardo Barbosa perdeu, mas Maria Portela abriu 3-1. Rafael Macedo perdeu novamente, mas Maria Suelen Altheman venceu sua adversária em menos de 1min e deu um dos bronzes pro Brasil. O outro ficou com a Rússia, que fez 4-1 no Azerbaijão.

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Japão é ouro por equipes. Foto: IJF

Na decisão, Japão e França. Kokoro Kageura abriu 1-0 com vitória sobre Cyrille Maret, mas Sarah Cysique lutou demais para vencer a vice-campeã mundial Tsukasa Yoshida e empatar o confronto. O mito Shohei Ono atropelou Guillaume Chaine e Chizuru Arai venceu a campeã mundial Marie-Eve Gahie e o Japão tinha 3-1. Numa luta sensacional, Axel Clerget derrotou Sanshiro Murao nos 90kg e diminuiu para 3-2. Na decisiva, a reedição da final dos 78kg da sexta-feira, mas diferente do que aconteceu lá, Shori Hamada atropelou Madeleine Malonga para vencer e selar a vitória japonesa por 4-2.

O Japão sai do mundo com a melhor campanha, 16 medalhas, sendo 5 ouros, 6 pratas e 5 bronzes, o que seria espetacular para qualquer país. Mas para eles, em casa, à véspera dos Jogos de 2020, foi abaixo do esperado, já que 6 judocas perderam em suas finais. França com 3-1-2 foi o único outro país com mais de 1 ouro. 9 países saíram com ouro e 25 medalharam.

Pro Brasil ficou um gosto amargo. Foram 3 bronzes, 3 quintos lugares e 1 sétimo, mas, tirando a Beatriz Souza, todos os outros 5 que disputaram medalhas já haviam ganho medalha em outros mundiais. Foram várias derrotas para atletas piores ranqueados e alguns atletas perderam na estreia de maneira decepcionante.

A CBJ tem dinheiro, faz o povo viajar, mas a equipe brasileira não consegue sair dos mesmos nomes. Em 2020, dificilmente o Brasil terá um nome no pódio que não seja o da Rafaela Silva, Mayra Aguiar e Rafael Silva, os mesmos que medalharam no Rio-2016. A equipe, claro, tem boas chances e, dependendo da chave, Maria Suelen Altheman ou Beatriz Souza podem chegar ao pódio. Ainda tenho esperanças com Daniel Cargnin e Larissa Pimenta, que teve um azar danado neste Mundial, pegando japonesa na 2ª luta.

Para que isso não aconteça em 2020, os brasileiros precisariam ser cabeças de chave. Portanto, a CBJ tem que priorizar torneios que dão muitos pontos e que costumam ser esvaziados, além de mandar a equipe A pro campeonato pan-americano de 2020. Em outubro teremos o Grand Slam de Brasília, que deve nos ajudar bastante no ranking.

O próximo Mundial será em 2021 em Viena.

Mundial de Judô – Dia 4

Polêmica no masculino e mais um ouro para Clarisse Agbegnenou.

63kg feminino

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Foto: IJF

Número 1 do mundo, a francesa Clarisse Agbegnenou vinha de dois títulos mundiais seguidos, além da prata no Rio-2016. Após vencer suas 3 primeiras lutas por ippon, passou na semifinal pela holandesa Juul Franssen. Do outro lado da chave, a japonesa Miku Tashiro chegou à decisão após 4 vitórias por ippon. Na semifinal, a eslovena campeã olímpica Tina Trstenjak tentou uma chave de braço ilegal em Tashiro e foi desclassificada por hansokumake na hora.

A final foi uma reedição da decisão de 2018. Foi uma bela luta, mas muito travada, com nenhuma conseguindo aplicar um golpe. Tashiro segurava o braço esquerdo de Agbegnenou e a luta foi pro golden score. E que golden score… Com 11 minutos de luta (7min de golden score), a francesa finalmente conseguiu derrubar a japonesa para aplcar um wazaari, ainda consguiu virar Tashiro e aplicar outro para dar o ippon, a vitória, o ouro e o 4º título mundial! Os bronzes ficaram com a alemã Martyna Trajdos, que derrotou Trstenjak, e Franssen, que venceu sua compatriota Sanne Vermeer na disputa do bronze. O Brasil teve duas judocas na categoria. Ketleyn Quadros começou bem contra senegalesa aplicando o ippon um apenas 11 segundos, mas na luta seguinte perdeu para Franssen por hansokumake, Já Alexia Castilhos não fez absolutamente nada e perdeu para mongol na estreia.

81kg masculino

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Foto: IJF

Campeão em 2018, o iraniano Saeid Mollaei chegou como cabeça 1 e favorito. Foi vencendo seus adversários, incluindo o russo Khasan Khalmurzaev e o canadense Antoine Valois-Fortier. Nas semifinal, pegou o belga Matthias Casse, quem tinha vencido nas 4as do mundial de 2018. Antes dessa luta, tivemos a outra semifinal entre o israelense Sagi Muki e o egípcio Mohamed Abdelaal. Muki vinha de uma excelente temporada, com dois títulos em Grand Slams e, numa decisão polêmica, venceu o egípcio, que nem o cumprimentou após a derrota. Com Muki na final, restava saber se o iraniano iria competir na semi, já que os atletas iranianos não competem contra israelenses em nenhum esporte.

O iraniano até entrou na luta, mas acabou levando uma chave de braço do belga, que venceu e se garantiu na final. Com 2min30 de luta, Casse ia fazer o golpe para derrubar Maki, que conseguiu reverter e conseguiu o wazaari. Assim que a luta voltou, Maki fez o mesmo golpe e, com dois wazaari, levou o ippon e o ouro inédito para Israel. Mollaei ainda perderia o bronze para o georgiano Luka Maisuradze e a Valois-Fortier ficaria com o outro bronze. Era de se esperar que, se o iraniano vencesse, ele não subiria ao pódio. O brasileiro Eduardo Yudi Santos venceu georgiano naturalizado português na estreia, mas perdeu na 2ª luta para um pouco conhecido canadense.

Jogos Pan-Americanos Lima-2019 – Dia 15

Foi um sábado com muitas, muitas emoções. Derrotas duras, vitórias incríveis, muitas medalhas e os recordes batidos pro Brasil num dia de 71 finais.

Atletismo

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Altobeli da Silva. Foto: CBAt

O último ouro brasileiro no atletismo veio de uma maneira brilhante com o finalista olímpico Altobeli da Silva vencendo os 3.000m com obstáculos. Ele dosou bem a prova e soube segurar os fortes americanos. Na última volta, ele ligou o turbo e foi a frente, abrindo para vencer com 8:30.73.

Augusto Dutra conseguiu a medalha de prata no salto com vara com 5,71m contra 5,76m do americano Christopher Nilsen. Campeão olímpico Thiago Braz ficou em 4º com 5,51m, queimando as 3 tentativas em 5,61m. Já nos 110m com barreiras, o favorito ao ouro Gabriel Constantino tropeçou na 6ª barreira e caiu, dando a vitória para Shane Brathwaite, que, com 13.31, conquistou o 1º ouro de Barbados da história em Pans. Eduardo de Deus cruzou em 3º com 13.48.

No lançamento de martelo feminino, dobradinha americana com Gwen Berry 74,62m e Brooke Andersen 71,07m. A brasileira Mariana Marcelino conseguiu um ótimo 4ª posição com 66,15m. No salto triplo, ouro pro americano Omar Craddock com 17,42m. Almir dos Santos, que volta de lesão, acabou em 4º com 16,70m. E tivemos mais um 4º lugar do Brasil, com Tatiane da Silva nos 3.000m com obstáculos com 9:56.19 em vitória da canadense Geneviève Lalonde com 9:41.45.

Muito legal o pódio do lançamento de dardo masculino com a vitória de Anderson Peters, de Granada, com 87,31m, novo recorde dos Jogos e 1ª medalha de ouro da história de Granada em Pans. Prata foi pro trinitino Keshorn Walcott, campeão olímpico em 2012, com 83,55m e bronze para Albert Reynolds, de Santa Lúcia, com 82,19. Os outros ouros do dia foram pro canadense Marco Arop nos 800m com 1:44.25, pro quarteto americano no 4x400m feminino 3:26.46 e uma linda vitória da Colômbia no 4x400m masculino com 3:01.41.

Natação

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Equipe de natação com sua medalhas. Foto: COB

Fechando as disputas da natação, o Brasil faturou mais um ouro e 5 medalhas, batendo o recorde de 11 ouros (o anterior era 10) e 32 medalhas (anterior 26). Depois de ir bem mal no Mundial de Gwangju, Guilherme Costa dominou os 1.500m livre com 15:09.93, liderando do início ao fim.

No revezamento 4x100m medley masculino, o Brasil ficou com a prata com 3:30.98, com Guilherme Guido, João Gomes Jr, Vinícius Lanza e Marcelo Chierighini, contra 3:30.25 dos Estados Unidos, que contou com Daniel Carr, Nicolas Fink, Ton Shields e Nathan Adrian. Na prova feminina, a equipe ficou com o bronze com altos 4:04.96 e Larissa Oliveira levou sua 7ª medalha neste Pan!

Saindo de uma lesão na virilha que o atrapalhou demais no Mundial, Caio Pumputis se recuperou e foi prata nos 200m medley com 2:00.12 com Leonardo Santos na prata 2:00.29, ambos atrás do americano William Licon, ouro com 1:59.13. A argentina Delfina Pignatiello conquistou seu 3º ouro em Lima nos 1.500m livre com 16:16.54 e a americana Amanda Walsh venceu os 200m medley com 2:11.24.

Basquete

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Foto: COB

Talvez o ouro que eu menos esperava de esportes coletivos nesse Pan. Jogando bem demais no Pan todo, o Brasil fez um grande jogo com a equipe universitária dos Estados Unidos e venceu por 79-73, faturando o 1º ouro do basquete feminino em Pans desde Havana-1991! Tainá fez 24 pontos na decisão e Clarissa dos Santos, um dos principais nomes dessa equipe, fez 12. Na disputa do bronze, Porto Rico venceu a Colômbia por 66-55.

Vela

Mais 3 ouros no dia derradeiro da vela em Lima, totalizando 5. As campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze sobraram na 49erFX e já tinham garantido o ouro muito antes do final. Nas outras 4 classes não-olímpicas, medalhas em todas. Bruno Lobo venceu a Formula Kite e Matheus Dellagnelo foi ouro na Sunfish. Na Snipe, bronze para Rafael Martins e Juliana Duque, mas destaque para a prata na Classe Lightning, com Cláudio Biekarck, que, aos 68 anos, leva sua 10ª medalha em Pans em 10 Pans disputados!

Tênis de Mesa

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Bruna Takahashi, Jéssica Yamada e Caroline Kumahara. Foto: COB

Foi doído demais. O dia começou com dois confrontos Brasil x EUA. No feminino, as meninas tinham uma dura missão. As americanas abriram 1-0 nas duplas, Bruna Takahashi diminuiu, Caroline Kumahara perdeu para Wu Yue, mas Jéssica Yamada empatou. No jogo decisivo, Bruna venceu novamente a forte americana Zhang Lily, assim como tinha acontecido nas 4as da chave de simples e colocou o Brasil em uma final feminina inédita em Pans. Na final, a forte equipe de Porto Rico, com a espetacular Adriana Díaz. No 1º jogo, Jéssica e Caroline perderam nas duplas 3-2 (com 12-10 no 5º) para Melanie Diaz e Daniely Rios. Mas Bruna Takahashi brilhou num jogo espetacular contra Adriana Díaz, vencendo por 3-1. Caroline Kumahara venceu 3-1 Rios e o Brasil virou 2-1 no confronto, mas Adriana fez 3-1 em Jéssica para empatar. No jogo decisivo, Bruna pegou a irmã de Adriana, Melanie, e abriu 2-0. Chegou a ter QUATRO match points, mas perdeu 17-15 e levou a virada no que talvez tenha sido a derrota mais dura do Brasil em todo o Pan.

Já no masculino, o Brasil teve uma inesperada derrota na semifinal para os americanos. Nas duplas, Eric Jouti e Gustavo Tsuboi perderam 3-2 para Nicholas Tio/Nikhil Kumar. Hugo Calderano passou com 3-0 pelo talentoso Kanka Jha, mas Tsuboi perdeu de 3-2 para Kumar e Jouti também perdeu 3-2 para Kanak Jha e os americanos desbancaram o Brasil, que acabou com o bronze.

Judô

Com um ippon relâmpago de 18s, Eduardo Yudy Santos faturou o único ouro do dia do Brasil no judô, nos 81kg, derrotando o dominicano Medickson del Orbe. Nos 63kg feminino, Alexia Castilhos perdeu na semi dos 63kg para venezuelana, mas venceu equatoriana na disputa do bronze. Já Rafael Macedo perdeu a disputa do bronze para peruano e ficou sem medalha, assim como Ellen Santana, que nem chegou a disputar o bronze.

Outros Esportes

Vice mundial, Valéria Kumizaki foi ouro no 55kg do karatê, derrotando na final a canadense Kathryn Campbell por 4-1. Nos 50kg, Jéssica de Paula perdeu a semifinal 2-1 para mexicana e ficou com o bronze.

Com o jogo na mão, o Brasil teve 2 match points no 4º set contra a Colômbia na semifinal do vôlei feminino, mas levou a virada e foi derrotado por 3-2 (22-25, 25-27, 25-14, 28-26, 15-9).

Dois bronze no pólo aquático. A equipe feminina fez 8-7 em Cuba e acabou em 3º lugar e a masculina venceu a Argentina por 9-6. Estados Unidos e Canadá se enfrentaram nas duas finais, com vitórias americanas em ambas: 24-4 no feminino e 18-6 no masculino.

O Brasil ficou sem medalha no último dia da esgrima, decepcionando na espada por equipes feminina. Ela venceram nas 4as o México por 45-31, mas perderam na semi 45-37 pra Cuba e de 45-37 pra Venezuela na disputa do bronze.

Brasil também sem medalha no último dia do remo. No Quatro Sem masculino, o quarteto brasileiro ficou em 4º a apenas 0.04 do bronze. Também tivemos o 4º lugar no Oito Com masculino, o 5º lugar de Vanessa Cozzi no single skiff e o 5º lugar no skiff quádruplo feminino.

Roberto Hernandez, de El Salvador, surpreendeu na final do arco composto o favorito americano Braden Gellenthien por 147-116 e ficou com o ouro. No feminino, a colombiana Sara Lopez confirmou o mega favoritismo e venceu 146-142 a mexicana Andrea Becerra. Nas duplas mistas, ouro para a Argentina enquanto o Brasil perdia a disputa do bronze pra Colômbia.

El Salvador levou mais dois ouros no dia, nas provas de fisiculturismo, que fez sua estreia em Pans.

A Bolívia também ganhou sua 1ª medalha de ouro da história ao conquistar o raquetebol por equipes masculinas, com 2-1 sobre a Colômbia na final.

A Argentina venceu mais dois coletivos, fechando 8 ouros nessas modalidades! Venceu na final do futebol masculino 4-1 Honduras e confirmou o favoritismo no hóquei na grama com 5-2 sobre o Canadá, garantindo vaga olímpica. Argentina venceu no masculino o rugby 7s, o softball, o basquete, o vôlei, o handball, o hóquei e o futebol e no feminino o hóquei.

Medalhas do Brasil:

Dia Ouro Prata Bronze Total
Dia 1 2 3 3 8
Dia 2 2 1 2 5
Dia 3 4 2 8 14
Dia 4 3 2 4 9
Dia 5 1 2 1 4
Dia 6 0 2 5 7
Dia 7 3 2 1 6
Dia 8 0 0 3 3
Dia 9 7 2 7 16
Dia 10 1 2 3 6
Dia 11 4 4 2 9
Dia 12 4 4 6 14
Dia 13 5 2 6 13
Dia 14 10 8 9 27
Dia 15 8 5 9 22
TOTAL 54 42 68 164

Por esporte:

Esporte Ouro Prata Bronze Total
Natação 11 9 12 32
Atletismo 6 6 4 16
Vela 5 2 2 9
Ginástica Artística 4 4 3 11
Judô 4 1 2 7
Canoagem Slalom 4 0 1 5
Taekwondo 2 2 3 7
Tênis de Mesa 2 2 3 7
Triatlo 2 2 0 4
Hipismo 2 1 2 5
Surfe 2 1 1 4
Boxe 1 3 2 5
Ginástica Rítmica 1 1 3 5
Badminton 1 0 4 4
Karatê 1 0 3 4
Canoagem Velocidade 1 0 2 3
Patinação Artística 1 0 1 2
Tênis 1 0 1 1
Handebol 1 0 1 2
Basquete 1 0 0 1
Levantamento de Peso 1 0 0 1
Ciclismo 0 4 2 6
Esgrima 0 1 2 3
Lutas 0 1 2 3
Remo 0 1 2 3
Boliche 0 1 0 1
Pólo Aquático 0 0 2 2
Tiro 0 0 2 2
Esqui Aquático 0 0 1 1
Pelota Basca 0 0 1 1
Pentatlo Moderno 0 0 1 1
Vôlei de Praia 0 0 1 1
Saltos Ornamentais 0 0 1 1
Vôlei 0 0 1 1
TOTAL 54 42 68 164

Brasil vence Pan de Judô

O Brasil saiu como campeã do Pan-Americano de Judô, disputado de quinta a domingo em Lima, uma boa prévia para os Jogos Pan-Americanos.

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Brasil com o ouro por equipes. Foto: CBJ

No 1º dia de disputas, começamos colocando judocas nas 5 finais disputadas, vencendo dois ouros com Daniel Cargnin nos 66kg sobre peruano e Larissa Pimenta nos 52kg sobre americana. Dois bons nomes da nova geração. Perderam na decisão Eric Takabatake (60kg) para equatoriano, Nathalia Brígida (48kg) para a argentina campeã olímpica Paula Pareto e a campeã olímpica Rafaela Silva (57kg) para a canadense Christa Deguchi. Sarah Menezes ainda foi bronze nos 52kg.

Na sexta-feira, um total desastre. Apenas Maria Portela chegou à decisão, perdendo pra porto-riquenha Maria Perez nos 70kg. Portela tinha um waza-ari de vantagem, bobeou e levou um ippon no último segundo de luta! Eduardo Santos com  bronze nos 81kg foi a única outra medalha brasileira no dia. Nos 73kg masculino e 63kg feminino, participações péssimas do Brasil, nas que talvez sejam nossas piores categorias hoje.

No sábado, o Brasil novamente colocou judocas nas 5 finais! Mayra Aguiar sobrou na competição dos 78kg, faturando seu 5º título continental ao derrotar na decisão a cubana Kaliema Antomarchi. No +78kg, Maria Suelen Altheman perdeu pela 16ª na carreira para a cubana Idalys Ortiz na decisão. Ortiz faturou seu 10º título continental nesta categoria, além de 2 ouros em Jogos Pan-Americanos. Beatriz Souza foi bronze no +78kg. Entre os homens, Rafael Silva venceu David Moura na decisão brasileira do +100kg, enquanto Rafael Macedo foi prata nos 90kg perdendo pra cubano e Leonardo Gonçalves também foi prata nos 100kg, sendo derrotado pelo canadense Shady El Nahas.

No domingo, na disputa por equipes, o Brasil disputou a final contra Cuba. A decisão com David Lima perdendo, Maria Portela vencendo e Rafael Macedo perdendo. Com 2-1 para Cuba, Beatriz Souza entrou para lutar contra a temida Idalys Ortiz, que nada fez na luta, levando 3 shidos e sendo eliminada. Rafael Silva venceu e o Brasil virava para 3-2, só que numa luta polêmica, Rafaela Silva deu um chute na cubana que estava no chão, revidando um chute que havia levado antes, e foi desclassificada. Com isso, a disputa precisava ir ao desempate. A categoria sorteada pro desempate foi a mais pesada feminina e Beatriz e Ortiz voltaram ao tatami. Novamente Bia segurou a cubana, que levou mais uma vez 3 shidos e foi eliminada, dando o ouro pro Brasil!

Este Pan foi muito importante para dar pontos para vários judocas, já que o torneio continental distribui 700 pontos pro campeão no ranking na corrida olímpica. No momento, o Brasil levaria 14 judocas para Tóquio, mas nos 73kg masculino a vaga viria pela quota continental! Nas outras 13 categorias, vagas diretas.

Tem muita coisa pra rolar até o ranking de maior de 2020 e nossos maiores problemas hoje são, com certeza, os 73kg masculino e os 63kg feminino.

O próximo desafio da equipe brasileira será no forte Grand Slam de Baku, em 2 semanas.

Resumo da semana olímpica

Badminton

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A equipe brasileira foi prata no Pan-Americano por equipes mistas, disputado na República Dominicana.Na 1ª fase, vitória de 5-0 sobre o México e depois de 3-2 sobre os Estados Unidos. Na semifinal, mais uma boa vitória de 3-2 sobre o Peru. A decisão veio na última partida, de duplas mistas, onde Hugo Arthuso/Fabiana Silva venceram Bruno Deza/Danica Higa por 21-13 21-17.

Na grande final, o Brasil foi derrotado por 3-0 pelo Canadá, maior força da modalidade no continente. Ygor Oliveira perdeu 21-19 21-13 para Jason Ho-Shue. Depois, foi a vez de Brittney Tam vencer 21-14 21-14 Fabiana Silva. Nas duplas masculinas, Ho-Shue e Nyl Yakura derrotaram Hugo Arthuso/Fabrício Farias por 16-21 21-13 21-15, dando o título ao Canadá. A equipe brasileira tinha 19 jogadores, 10 homens e 9 mulheres e não contou com as irmãs Lohaynny e Luana Vicente.

Judô

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Pódio dos 81kg em Roma

Depois de uma boa campanha no Grand Slam de Paris, Eduardo Yudi Santos faturou o título do Aberto Europeu de Roma. Em final brasileira na categoria 81kg, Eduardo venceu por waza-ari Rafael Macedo no golden score. Na categoria 73kg, Marcelo Contini e Lincoln Neves ficaram com os dois bronzes.

Já a equipe feminina competiu na Áustria, em Oberwart. O melhor resultado foi de Yanka Pascoalino, eu chegou às disputas de bronze dos 63kg, perdendo por ippon para espanhola.

Rugby

Como esperado, o Brasil venceu tranquilamente o Sul-Americano de Rugby 7s feminino, sofrendo tries apenas na final. Na 1ª fase, arrasou o Uruguai por 52-0, depois 45-0 no Paraguai e 31-0 na Venezuela.

Nas 4as, derrotou o Peru por 53-0 e na semifinal passou pela Colômbia por 32-0. Na decisão, mais uma vez contra a Argentina, venceu por 31-12. Assim, o Brasil conquista pela 12ª vez consecutiva o torneio e segue com um retrospecto invicto contra os rivais continentais.

Outros Esportes

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Daniel Nascimento

Daniel Nascimento foi o grande destaque brasileiro no Sul-Americano de Cross-Country, em Santiago, Chile. Ele venceu pela 3ª vez seguida a prova juvenil (sub-20) com uma enorme vantagem. Ele completou os 8km da prova em 23:14, bem a frente do colombiano Carlos Hernandez, com 25:28. Gilberto Silvestre Lopes foi bronze no adulto masculino 10km, 7s atrás do peruano campeão René Champi. Daniel será o único brasileiro no Mundial de Cross-Country, no fim de março na Uganda.

Geisa Arcanjo foi o destaque em dois torneios realizados no Esporte Clube Pinheiros na semana. Ela marcou 17,68m e 17,74m no arremesso de peso, ficando a 1cm do índice pro Mundial de Londres (17,75m). Outras boas marcas foram de Darlan Romani também no arremesso de peso (20,29m) e de Gabriel Menezes Oliveira, com 7,51m no salto em distância, índice pro Pan-americano Sub-20.

Gideoni Monteiro terminou em lugar na Copa do Mundo de Ciclismo em Pista, em Cali, Colômbia. Em sua primeira competição no novo formato, com apenas 4 provas em um único dia, o brasileiro foi 13º na Scratch, 10º na Tempo Race e 9º na corrida de eliminação. Na corrida por pontos, somou apenas 6, terminando com 68 pontos no total. Vitória do australiano Sam Welsford, com 128 pontos.

Isaquias Queiroz ganhou dois bronzes em prova desafio em Portugal, nas não-usuais distância de 1.500m e 150m, em prova que reuniu vários nomes fortes da canoagem.

– Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso na plataforma e Luana Lira no trampolim conseguiram índices para disputar o Grand Prix de saltos ornamentais em Porto Rico. Ingrid fez 334,80 e Giovanna 302,00 enquanto o índice na plataforma era 296,85. No trampolim, o índice era 256,81 e Luana somou 287,30.

– Rafael Becker foi 6º no Colombia Open, válido pelo circuito Latinoamericano do PGA de golfe. Ele somou 275 tacadas, ficando 6 acima do campeão, o mexicano Jose de Jesus Rodriguez. Rafael soma 1,2 ponto pro ranking,subindo mais de 350 posições no ranking. No Panamá, pelo circuito web.com Tour, Alexandre Rocha não passou no corte, ficando 3 tacadas acima.

Gabriela Cecchini foi o destaque brasileiro na esgrima, com o 19º lugar na Copa do Mundo juvenil de florete, em Udine, Itália. Ela venceu 5 dos 6 confrontos na fase de poules. Nas 16as de final, perdeu para a grega Aikaterini-Maria Kontochristopoulou por 15-14.

João Victor Oliva, melhor brasileiro no adestramento no Rio-2016, alcançou 67,420% no GP em Neumünster, Alemanha, em prova seletiva para a Copa do Mundo. No GP Freestyle, ele tirou 67,650%.

– Nos saltos, em Portugal, Marlon Zanotelli foi vice em GP 3* a 1,50m. Ele e mais 11 conjuntos foram para o desempate e o brasileiro não venceu por apenas 0.02.

Thiago Monteiro chegou às 4as de final do ATP250 de Buenos Aires, após vencer na estreia 62 61 o dominicano Victor Estrella Burgos, que vinha de título em Quito, e na 2ª rodada o veterano Tommy Robredo por 63 64.Nas 4as, perdeu de virada para o argentino Carlos Berlocq por 36 62 63.

– Em Maceió, pelo circuito brasileiro de vôlei de praia, Larissa e Talita ficaram com o título no feminino, ao vencer por 21-18 21-16 Ágatha/Duda, repetindo a final da etapa do circuito mundial de Fort Lauderdale. No masculino, Álvaro Filho e Saymon seguem embalados. Eles ficaram com o título após vitória de 19-21 21-16 15-6 sobre Evandro/André, também repetindo a final de Fort Lauderdale.

Já o judô não começou tão bem assim…

Com 15 judocas, o Brasil foi com força quase máxima no sempre forte Grand Slam de Paris, mas decepcionou muito e conquistou apenas um bronze, com o Rafael Silva. Foram ainda 3 quintos lugares e 2 sétimos.

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Pódio do +100kg masculino com Rafael Silva

Eric Takabatake (60kg), Eduardo Yudi Santos (81kg) e a campeã olímpica Rafaela Silva (57kg) perderam as disputas de bronze e Sarah Menezes e Érika Miranda ficaram na repescagem. Lembrando que Sarah subiu de categoria e agora vai lutar nos 52kg.

Foi a primeira grande competição com as novas regras do judô, que devem dar mais agilidade ao esporte. Não existe mais yuko: ele será contado como waza-ari. Além disso, dois waza-aris não viram um ippon. No 3º shido, há eliminação do judoca, não mais no 4º. Catada de perna não elimina mais automaticamente, apenas dá um shido. A luta masculina diminuiu para 4min, igualando-se ao feminino. E o que deve com certeza dar mais agilidade é que só se ganha uma luta com pontuação, diferente do que acontecia antes com lutas zeradas e medalhas sendo definidas no shido.

Será um ano de adaptação, claro. Todo ciclo olímpicos vem com novidades e este não será diferente. Ainda mais pois o ponto máximo desse ciclo serão os Jogos no berço do esporte: o Japão.

Apesar de apenas o Baby ter conquistado uma medalha, foi bom ver um novo nome Eduardo Santos ir bem. A próxima competição do circuito mundial é o Grand Prix de Dusseldorf, no fim de semana do Carnaval.

Mundial de Judô – Parte II

Continuando a cobertura do Mundial de Judô no Rio de Janeiro

Dia 5

Bronze em Londres, Mayra Aguiar chegou como a grande favorita na disputa da categoria até 78kg, chegando ao Rio como cabeça de chave número 1. Com um waza-ari na primeira luta, Mayra levou um ippon no finalzinho da segunda, perdendo para a holandesa Marhinde Verkerk. Na repescagem, dois ippons seguidos e a medalha de bronze. Mayra, assim, conquista sua terceira medalha em Mundiais adultos e a sétima no total. E ela tem 22 anos ainda… Na final, Verkerk enfrentou a norte-coreana Sol Ky-ong e levou um waza-ari, dando o ouro para a asiática. O outro bronze foi para a francesa Audrey Tcheumeo.

Sem o sul-coreano campeão olímpico, o cubano vice-campeão olímpico Asley Gonzalez foi para o ouro. Ele enfrentou na final o georgiano Varlam Liparteliani, número 1 do mundo, e empataram em 0-0, mas o cubano contava com apenas 1 shido, contra 2 do europeu, e assim faturou seu primeiro mundial. Os bronzes foram para o grego Ilias Iliadis, campeão olímpico em 2004 e bicampeão mundial, e para o russo Kirill Denisov. Eduardo Santos, que substituiu Tiago Camilo, perdeu logo na estreia por ippon.

Fechando o quinto dia, a categoria 70kg feminino viu a colombiana bronze em Londres Yuri Alvear ganhar seu segundo título mundial, repetindo o feito de 2009, vencendo a alemã Laura Koch por ippon, dando o segundo ouro sul-americano no Rio. Os bronzes ficaram com a holandesa Kim Polling e a sul-coreana Kim Seong-yeon. Maria Portela começou bem, com 2 vitórias, até ser derrotada por outra coreana. Na repescagem perdeu para a tricampeã mundial Lucie Decossé por ippon no golden score. Decossé foi derrotada na disputa do bronze e anunciou sua aposentadoria do judô após grande carreira.

Dia 6

Era agora ou nunca. A medalha masculina demorou, demorou, mas veio na última prova! E ficou para o nosso bronze em Londres Rafael Silva salvar a pátria. Ele venceu 2 lutas por ippon e chegou a semifinal. Lá, enfrentou o outro bronze em Londres, o alemão Andreas Toelzer. Numa luta apertada, ninguém pontou, mas Rafael avançou com 1 shido, contra 2 do alemão. Na final, veio o mito: Teddy Riner. O francês é um monstro e imobilizou o brasileiro com 2min de luta. Riner levou o seu sexto título mundial, o quinto na categoria (o outro foi na categoria aberta). Riner não perde na categoria +100kg desde a semifinal olímpica de Pequim-2008. Aliás, ele não leva um golpe sequer há 5 anos! A derrota na final da categoria aberta em 2010 foi na bandeirada. Riner já é um dos grandes nomes da história do judô e tem tudo para manter o seu domínio por um bom tempo. Os bronzes foram para Toelzer e para o tunisiano Faicel Jaballah, uma das surpresas do Mundial. Nas oitavas, Jaballah foi protagonista de uma cena curiosa. Ele enfrentava um egípcio que recebeu um shido. O árbitro retomou a luta, mas o egípcio ficou olhando para o técnico. O tunisiano nem quis saber e derrubou um distraído egípcio, vencendo por ippon.

Quinta em Londres e líder do ranking, Maria Suelen Altheman teve campanha quase idêntica a Rafael! Duas vitórias por ippon, na semi avançou por ter menos shidos após empate em 0-0 e na final perdeu por imobilização. E o ouro também foi para a campeã olímpica da prova, a cubana Idalys Ortiz. Quinta medalha feminina das meninas brasileiras! Grande campanha! Os bronzes foram para a coreana Lee Jung Eun e para a japonesa Magumi Tachimoto.

Encerrando as disputas individuais, o líder do ranking mundial, Elkhan Mammadov do Azerbaijão fez um waza-ari por luta e levou o ouro, vencendo o forte holandês Henk Grol na final. Os bronzes foram para o alemão Dimitri Peters e para o checo Lukas Krpalek. Renan Nunes perdeu na estreia para Peters e Luciano Correa, campeão mundial no Rio em 2007, venceu a primeira luta, mas perdeu na 2ª para francês por ippon.

Dia 7

O mundial foi encerrado com as disputas por equipes. No masculino, novo fracasso. E logo na estreia. Perderam para a Alemanha por 4-1 e ficaram sem medalha. Já no feminino, ótima campanha: 3-2 na Alemanha e 3-2 na Coreia do Sul. Na final, duelo com as japonesas. Aliás, a equipe feminina japonesa estava devendo um ouro e tinha conquistado até então apenas 1 prata e 2 bronzes. Na final, Erika Miranda perde para Hashimoto, Rafaela Silva vence Anzu Yamamoto, Katherine Campos perde para Kana Abe, Maria Portela vence Haruka Tachimoto e na decisiva, Maria Suelen Altheman perde por shido para Megumi Tachimoto. Ouro japonês e mais uma prata brasileira. No masculino, a Geórgia bateu a Rússia.

Finalizando

Grande campanha brasileira, com 1 ouro, 4 pratas e 2 bronzes, 7 no total. No feminino 1-3-2 e o Brasil liderou o ranking feminino. No masculino, com 3-0-2, o Japão foi o melhor. No total, Japão termina com 4-1-4, seguido da França com 2-2-4, Cuba 2-0-1 e Brasil 1-4-2. 11 países ganharam medalhas de ouro e 23 medalharam. Interessante que nenhum país ganhou 2 ouros no feminino.

Somando as vitórias por país, o Japão conseguiu 53, seguido da França com 40 e do Brasil com 36. No masculino, Japão teve 31 e no feminino o Brasil foi o melhor com 24. Apenas 3 líderes do ranking conquistaram o ouro e só Riner e Ortiz confirmaram o ouro que venceram em Londres, ambos na categoria mais pesada.

O próximo Mundial será em 2014 na cidade russa de Chelyabinsk.

Mundial de Judô – Prévia – Parte II

Seguindo as previsões do Mundial de Judô no Rio de Janeiro.

Dia 4

Na categoria até 81kg, o brasileiro Victor Penalber (foto) é o homem a ser batido! Líder do ranking mundial, ele venceu o Pan-Americano esse ano, foi bronze no Masters e no Grand Slam de Paris. Ele tem uma estreia bem tranquila contra Josateki Naulu, das Ilhas Fiji. Campeão do Masters, bronze em Londres e 4° do ranking, o russo Ivan Nifontov também chega bem cotado. Segundo do ranking, o georgiano Avtandili Tchrikishvili foi campeão europeu e do GS de Paris. Vale ressaltar que nem o coreano campeão olímpico nem o alemão vice estão na disputa.

No até 63kg feminino, a líder do ranking é a israelense Yarden Gerbi, que vem do vice no Masters, dos títulos dos GS de Moscou e de Baku e do bronze no europeu. A jovem francesa Clarisse Agbegnenou (foto), de 20 anos, chega como vice líder do ranking, após o título europeu, do GS de Paris e de mais 2 GPs este ano. Outra francesa, Gevrise Emane, é a única medalhista olímpica de Londres na disputa. Duas japonesas estão na disputa, mas elas estão na mesma chave e apenas uma chega a semifinal. A brasileira Katherine Campos, vice pan-americana e 20ª do ranking, tem poucas chances, mas tem uma estreia tranquila contra a guatemalteca Yennifer Dominguez. Quem vencer pega a 3ª do mundo, a holandesa Anicka van Emden.

Dia 5

Na categoria 90kg masculino, Tiago Camilo vinha como um dos favoritos, mas teve que desistir da competição por lesão e foi substituído por Eduardo Santos, que esteve nos Jogos de Pequim-2008, e tem poucas chances de medalhas. Na estreia, ele enfrenta o sueco Joakim Dvarby. Os dois principais atletas desta categoria são o georgiano Varlam Liparteliani (foto) e o cubano Asley Gonzalez. Gonzalez é o líder do ranking, prata em Londres, campeão pan-americano esse ano e bronze no Masters. Já Liparteliani é vice-líder do ranking, foi ouro no GS de Paris e vice-campeão europeu. A grande ausência é o coreano campeão olímpico Song Dae-Nam, agora aposentado. De olho também no perigoso grego Ilias Iliadis. Ouro em Atenas e campeão do Masters esse ano, ele derrotou Tiago Camilo em Londres na disputa do bronze.

A holandesa Kim Polling (foto) é a favorita na categoria até 70kg feminino. Polling venceu o europeu e o Masters esse ano. Outro grande nome da categoria é a francesa Lucie Decosse, campeã olimpica e tricampeã mundial. Grande currículo, mas Decosse quase não disputou provas esse ano. Vice do Masters, a canadense Kelita Zupancic chega bem preparada com o título pan-americano e o ouro no GS de Baku. Maria Portela é a representante brasileira na prova, mas não vem de bons resultados no ano, apesar da oitava posição no ranking. Na estreia, ele pega a dinamarquesa Emilie Sook.

Bronze em Londres e dona de duas medalhas em Mundiais, Mayra Aguiar (foto) é o grande nome desta prova e tem tudo para levar o ouro. Sem a presença da campeão olímpica e sua grande rival, a americana Kayla Harrison, que mudou de categoria (disputa os 70kg agora, mas não veio ao Rio), a grande adversária da brasileira é a húngara Abigel Joo. Mayra a venceu na final do Masters, mas Joo deu o troco na final do GS de Moscou. As francesas Lucie Louette e Audrey Tcheumeo, bronze em Londres, também vem muito bem cotadas. Prata em Londres, a britânica Gemma Gibbons precisará da sorte que teve em casa para vencer no Rio.

Dia 6

Na categoria pesado, o holandês Henk Grol (foto), bronze em Londres, foi vice no europeu e no Masters esse ano e no Mundial de 2010 e busca a redenção com o título mundial na capital carioca. Campeão do Masters, Elkhan Mammadov do Azerbaijão também aparece como um dos favoritos, mas perdeu muito precocemente no europeu deste ano. O iraniano Javad Mahjoub foi campeão asiático e do GS de Moscou e tem boas chances. Dois brasileiros na categoria: o campeão pan-americano Renan Nunes e o campeão mundial de 2007, no mesmo Rio de Janeiro, Luciano Correa. Renan tem uma estreia dura contra o alemão Dimitri Peters, bronze em Londres, e Luciano enfrenta o checo Michal Horak.

Teddy Riner já fez história em 2011, quando venceu seu 5° título mundial (4 na categoria +100kg e 1 na aberto), o único homem a conseguir o feito. Campeão olímpico em Londres, Riner está praticamente invicto desde a semifinal olímpica de Pequim-2008! Aos 24 anos, Riner tem tudo para levar mais um Mundial. Quem vai tentar quebrar a hegemonia francesa é o brasileiro Rafael Silva. Bronze em Londres, Rafael foi campeão pan-americano este ano e vice do Masters. Na final, ele perdeu para o georgiano Adam Okruashvili, vice europeu esse ano. De olho também no alemão Andreas Toelzer, bronze em Londres e vice nos últimos 2 mundiais.

Encerrando as provas individuais, a categoria acima de 78kg feminino tem a brasileira Maria Suelen Altheman como a favorita. Líder do ranking mundial, Maria Suelen vem tendo um excelente ano, com títulos nos GS de Baku e Moscou e o vice no Masters. A cubana campeã olímpica Idalys Ortiz vem de bons resultados no ano, como o título pan-americano e da Universiade (na categoria aberto), e deve brigar também. A japonesa Megumi Tachimoto levou o GS de Paris e o GP dos EUA este ano e quer manter a tradição japonesa nessa categoria.

Dia 7

No domingo, o Mundial será encerrado com as provas por equipes. Ainda não saíram as chaves, mas é fácil prever os países favoritos. No masculino, a equipe do Brasil deve brigar por medalhas, encontrando em outras grandes equipes como Japão, Geórgia, França, Coreia do Sul e Mongólia fortes adversários. No feminino, a equipe brasileira chega muito bem, e deve brigar pelas medalhas contra Japão, França e Cuba.

Resumo do fim de semana

Muitas medalhas em diversas competições. Vamos lá!

Tênis de Mesa

No Latino Americano em San Salvador, El Salvador, o Brasil mandou 8 atletas (4M+4H), metade bem experientes e metade de novos talentos, para a disputa do torneio sub21. Foram 5 ouros, 2 pratas e 2 bronzes em 9 categorias. Começando pelo torneio por equipes, no masculino foram 5 vitórias por 3-0 ou 3-1. Na final, um 3-1 sobre a Argentina com a derrota vindo no jogo de duplas. No 4º confronto, Thiago Monteiro venceu Rodrigo Gilabert por 3-1. No feminino, já foi um pouco mais difícil com uma vitória apenas no 5º jogo contra o México. 3-1 na República Dominicana na semifinal e 3-1 no Chile na final, de virada, deram mais um título ao país. O ouro veio com a vitória de Caroline Kumahara (foto) sobre a veterana Berta Rodriguez em 3-0. Foi o 15º título masculino (7º seguido) e o 10º no feminino.

No torneio individual, Cazuo Matsumoto perdeu a final para o paraguaio Marcelo Aguirre por 4-3! Aguirre abriu 3-0, mas Cazu empatou. No 7º set, vitória do paraguaio por 11-7. No torneio feminino, final brasileira e quem se deu bem foi a mais jovem. Caroline Kumahara venceu a veterana Lígia Silva por 4-1 e se sagrou campeã. Nas duplas, apenas uma medalha de ouro, nas duplas mistas. Caroline e Eric Jouti venceram dupla colombiana por 3-1. Nos torneios sub21, Vitor Ishiy venceu o paraguaio Marcelo Aguirre na final e Eric Jouti ficou com o bronze. No feminino, Caroline Kumahara faturou mais uma medalha, com o bronze.

Um ótimo primeiro trimestre pro tênis de mesa brasileiro.

Judô

No Aberto Pan-Americano de Buenos Aires, na sexta e no sábado, foram 5 ouros, 4 pratas e 6 bronzes da (quase toda) jovem equipe. O grande destaque foi o ouro do campeão mundial em 2007 Luciano Correa (foto). Na final dos 100kg, ele venceu ninguém menos que o russo Tagir Khaibulaev, o campeão olímpico! Os outros ouros foram com Felipe Costa (81kg), Walter Santos (+100kg), Nathalia Brigida (48kg) e Katherine Campos (63kg). Esse torneio marcou o primeiro título da campeã olímpica dos 78kg Kayla Harrison, a primeira americana a ser campeã olímpica no judô. Ela, que agora desceu de categoria (foi para a 70kg), venceu a colombiana Yuri Alvear, campeã mundial em 2009 e bronze em Londres, na final. Será o fim da rivalidade entre Harrison e Mayra Aguiar?

No domingo, foi a vez de disputar o Campeonato Sul Americano em Buenos Aires. Dos 19 inscritos, nada menos que 17 pódios!! Os homens foram campeões em todas as 7 categorias: Eric Takabatake (60kg), Charles Chibana (66kg), Alex Pombo (73kg), Felipe Costa (81kg), Eduardo Santos (90kg), Luciano Correa (100kg) e Walter Santos (+100kg). No feminino, apenas um ouro: Rochele Nunes (+78kg).

Interessante que as equipes de base Sub-21 e Sub-18 foram para a Alemanha disputar torneios e voltaram com os mesmos 17 pódios.

Pentatlo Moderno

O Rio de Janeiro recebeu a 2ª etapa da Copa do Mundo, com grandes nomes do esporte, incluindo os 2 campeões olímpicos, o checo David Svoboda e a lituana Laura Asadauskaite. Esperava-se muito de Yane Marques, que não correspondeu. Na qualificação ela só avançou no 10º lugar do seu grupo. Na final, não foi tão bem quanto poderia nem na esgrima nem na prova de hipismo e terminou a prova em 13º lugar. O destaque veio de Priscila Oliveira. Com uma boa prova de natação e um percurso zerado no hipismo, largou em 2º lugar na combinada, mas não aguentou o ritmo das melhores do mundo, mas terminou na ótima 11ª colocação. Quem venceu foi a americana Margaux Isaksen (foto), 4ª em Londres.

No masculino, nenhum brasileiro chegou a final, que foi vencida pelo húngaro Adam Marosi. Nas duplas mistas, Priscila e Danilo Fagundes ficaram em 9º lugar, em prova vencida pela dupla russa. A próxima etapa será em Chengdu, China, de 17 a 21 de abril.

Esportes Aquáticos

Após a ótima campanha na natação no Sul Americano Juvenil no Chile, foi a vez do pólo aquático, maratonas aquáticas e nado sincronziado.

No pólo aquático, campanha dominante das equipes brasileras. No masculino, na 1ª fase, 33-2 no Chile, 26-1 no Uruguai e 17-4 na Colômbia. Na semifinal, 14-9 na Argentina e na grande final, 17-8 na Venezuela. Foram 107 gols a favor e apenas 24 contra!

No feminino, foi parecido. Na 1ª fase, 17-1 na Argentina, 31-0 no Chile, 23-7 na Venezuela. Na semi, 29-1 no Chile e na final 17-5 na Venezeula! 117 gols a favor e apenas 14 contra! Na foto, Izabella Chiapini, eleita melhor jogadora do torneio.

Nas maratonas aquáticas foram 2 ouros e 1 prata. Os 2 ouros vieram na prova por equipe Juvenil B e nas mãos de Carolina Bilich, no 7,5km Juvenil B. A prata foi nesta mesma prova com Vivian Jungblut. No nado sincronziado, domínio absoluto com 6 ouros e 1 prata em 7 provas. Lembrando que os saltos ornamentais serão disputado apenas em maio.

Resumo do fim de semana

Caras novas e nomes para o futuro

Com equipe cheia de nomes pouco conhecidos, o Brasil foi representado em Montevideu por 29 judocas para a disputa do Aberto Pan Americano e conquistou 17 medalhas, sendo 4 ouros, 6 pratas e 7 bronzes. Os ouros ficaram com Charles Chibana (foto), no 66kg, Marcos Seixas, no 73kg, Eduardo Santos, no 90kg e Rochele Nunes, no acim de 78kg. As pratas foram para Eric Takabatake (60kg), Alex Pombo da Silva (73kg), Luciano Correa (100kg), Nathalia Brigida (48kg), Raquel Silva (52kg) e Talita Morais (78kg). E os bronzes: Daniel Santos (66kg), João Macedo (73kg), Felipe Costa (81kg), Eduardo Silva (90kg), Horácio Antunes (100kg), Juliene Aryecha (57kg) e Nádia Merli (70kg). A seleção agora parte para Buenos Aires, onde disputa torneio nesta sexta e sábado.

Já em Viña del Mar, Chile, a seleção juvenil de natação disputou o Sul-Americano Juvenil e o domínio foi absoluto. Foram ao todo 73 medalhas, sendo 43 ouros, 25 pratas e 5 bronzes. Uma medalha a menos que na última edição, em 2011, mas foram mais ouros (43 contra 35). O grande dstaque ficou com as meninas, que conquistaram 23 ouros, contra 20 dos meninos. Pedro Cardona e Carolina Bilich venceram o prêmio “Ordem dos Cavaleiros da Natação Sul-Americana”, pois conquistaram os melhores índices técnicos da competição. Mas o grande nome foi Gabrielle Roncatto (foto), que conquistou nada menos que 6 ouros no Juvenil A! Venceu os 100m e 200m livre, 100m peito, 200m medley e os revezamento 4x100m livre e 4x100m medley. Nos 100m peito ainda estabeleceu o novo recorde da competição com 1:13.10.  Agora, essa ótima geração disputará o Mundial Junior em Dubai. O Sul-Americano de Esportes Aquáticos segue essa semana com o pólo aquático, o nado sincronizado e as maratonas aquáticas. Os saltos ornamentais só serão disputados em maio.

Robert Scheidt

Já que (pelo menos até o momento) a Classe Star está fora do programa olímpico do Rio-2016, restou ao nosso maior medalhista em Olimpíadas (5, empatado com Torben Grael) voltar à Classe Laser. E desde então ele está invicto! ELe voltou a Laser em setembro de 2012 e já disputou 4 competições e levou, neste fim de semana, o seu 4º título. Foi na Laser Europa Cup, no belíssimo Lago de Garda, no norte da Itália. As regatas do último dia foram canceladas e, portanto, ficou o resultado da véspera, com Scheidt liderando com 4 pontos seguido pelo sueco Emil Cedergardh, com 5. Sua próxima competição é a fortíssima Semana de Hyeres, de 20 a 26 de abril.

Clemilda Fernandes

Semana passada falei dos ótimos resultados da equipe feminina de ciclismo estrada em El Salvador. Pois é. Nesta semana, a nossa melhor ciclista da atualidade, Clemilda Fernandes, foi atropelada por um caminhão enquanto treinava na BR-153, em Goiás. Ela passou 24h de observação na UTI e foi mandada para a enfermaria de onde já teve alta. Clemilda é a melhor brasileira no ranking mundial e esteve em duas Olimpíadas: 2008 e 2012. Ela treinava para a disputa do Pan de Estrada, em maio. Na torcida para uma recuperação completa!

Outros resultados

Solonei Rocha da Silva completou a maratona de Seul em 2:12:47 e conquistou o índice para disputar o Mundial de Atletismo de Moscou.

Cássio Oliveira foi o único brasileiro na Copa Internacional Ruddy Zapata de boxe, na República Dominicana, onde chegou a final dos 63kg e terminou com a medalha de prata, após derrota para o cubano Joevy Gonzalez. O torneio é da categoria cadete, de 15 e 16 anos.

Bruno Soares e Alexander Peya chegaram a semifinal do torneio de Indian Wells, o 1º ATP1000 da temporada. Com o ótimo resultado, Bruno subiu para a 15ª colocação no ranking mundial e a parceria de sucesso já é a 5ª melhor do mundo no ano! Em busca da ATP Finals!

Isabel Clark conquistou seu melhor resultado da temporada em Veysonnaz, na Suíça, com o 11º lugar no snowboard cross. Na classificação geral da Copa do Mundo, ela subiu para o 14º lugar e está cada vez mais perto da vaga olímpica.