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À distância, Brasil e Espanha alimentam acirrada rivalidade

Depois de quase catorze anos sem partidas, os maiores vencedores de Copas e os últimos campeões de um Mundial estão loucos para voltar a medir forças

“Eles são cinco vezes campeões do mundo e nós, apenas uma. Mas no domingo, no Maracanã, começa uma nova era. Os dois começam do zero na final”, disse Del Bosque

Às 0h45 desta sexta-feira, o zagueiro Gerard Piqué deixava o hotel onde sua mulher, Shakira, está hospedada, na Avenida Beira-Mar, em Fortaleza, mancando ainda mais do que na saída da semifinal com a Itália, disputada horas antes, na Arena Castelão. Ao deixar o campo, ele já acusava as dores na perna, mas nem sequer pensava na possibilidade de ficar de fora do jogo decisivo de domingo, contra o Brasil, no Maracanã. Esse é o sentimento dominante na delegação espanhola – que, apesar do extremo desgaste e do pouco tempo de descanso até a final, está ansiosa e muito motivada para o duelo com os pentacampeões mundiais. O embate entre o maior vencedor da história das Copas e o último campeão mundial já vem sendo adiado há anos. Primeiro foi na última Copa das Confederações, em 2009: a Espanha tropeçou na semifinal contra os EUA e não apareceu para decidir (o Brasil foi campeão). Depois vieram as várias tentativas de agendar um amistoso entre as equipes. Enquanto dirigia o departamento de seleções da CBF, o cartola Andrés Sanchez quis marcar o encontro no segundo semestre de 2012, mas não achou uma data (até porque os amistosos da seleção são agendados por uma empresa).

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Profundamente orgulhosos de sua geração vencedora, sabem que uma vitória convincente contra os pentacampeões é uma das poucas coisas que ainda faltam na lista de façanhas da equipe. Outra conquista ainda inédita é a Copa das Confederações. Apesar do discurso diplomático de muitos dos jogadores na saída do jogo com a Itália – todos pregavam respeito ao dono da casa no jogo de domingo -, os atletas e a comissão técnica dão pistas de que estão com o Brasil entalado na garganta. As vaias contra os espanhóis em todos os jogos da campanha na Copa das Confederações – no Recife, no Rio e em Fortaleza – irritaram profundamente a equipe, assim como as reportagens sobre as farras noturnas dos jogadores. Na quinta, o técnico Vicente Del Bosque, normalmente muito respeitoso e polido, deixou transparecer essa motivação adicional para derrubar o Brasil em pleno Rio de Janeiro: “Eles são cinco vezes campeões do mundo e nós, apenas uma. Mas no domingo, no Maracanã, começa uma nova era. Os dois começam do zero na final”.

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