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Em jogo eletrizante, Itália bate o Japão e passa à semifinal

No melhor jogo da competição, Azzurra supera cansaço e impõe uma derrota de partir os corações nipônicos. No sábado, decidirá primeiro lugar contra o Brasil

Com o Japão em modo máximo de pressão, a Itália encaixou um contra-ataque fulminante para definir a vitória, com Giovinco. Ao apito final do árbitro, aplausos para ambos os times

No melhor e mais emocionante jogo da Copa das Confederações até aqui, a Itália bateu o Japão por 4 a 3 nesta quarta-feira, no Recife, e assegurou, ao lado do Brasil, sua classificação para as semifinais do torneio. Com seis pontos, ambos os times não podem ser alcançados por Japão ou México – e fazem, no sábado, em Salvador, um duelo imperdível valendo a liderança do Grupo A, com vantagem do empate para a seleção canarinho. Eletrizante do início ao fim, esta partida entre os campeões asiáticos e os vice-campeões europeus ficará na memória dos mais de 40.000 espectadores como um dos melhores jogos de futebol dos últimos tempos – um duelo cheio de alternativas que acabou de forma dramática para o Japão e absolutamente triunfal para os tetracampeões do mundo.

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Nos primeiros quarenta minutos da etapa inicial, parecia que o público presente na Arena Pernambuco estava assistindo a uma versão oriental da Espanha em campo. Com toques rápidos e movimentação constante, Kagawa, Honda, Endo e Nagatomo envolviam a retaguarda italiana como se fossem Iniesta e Xavi em seus melhores dias. O primeiro gol, é verdade, surgiu graças à colaboração do árbitro argentino Diego Abal, que anotou pênalti em uma dividida de bola normal de Buffon e Okazaki, depois de um recuo na fogueira de De Sciglio. Honda bateu forte e rasteiro no canto direito para abrir o placar, aos 21 minutos. Sem pernas, a Azzurra parecia perdida em campo – e levou o segundo gol aos 33: num balão alçado na área, Chiellini e Montolivo bateram cabeça e Kagawa aproveitou a sobra, fuzilando de esquerda sem chance para Buffon. A rapidez na troca de bola da seleção nipônica empolgou a torcida, que soltava os gritos de “olé”.

Quando estava grogue, torcendo para soar o gongo do intervalo, porém, a Itália achou um gol. Aos 41, Pirlo cobrou na cabeça de De Rossi, que testou firme para o fundo das redes de Kawashima. O gol ressuscitou o time de Prandelli, que passou os últimos cinco minutos do primeiro tempo acuando os japoneses – e o empate só não saiu nos descontos porque o arremate de Giaccherini explodiu na trave. A parada de quinze minutos não esfriou o ímpeto dos europeus, que, logo aos 5, empataram com um gol contra de Uchida, que tentou cortar o cruzamento de Giaccherini. Dois minutos depois, foi a vez de o juiz ser camarada dos italianos, inventando uma penalidade no toque de mão de Hasebe. Balotelli converteu para virar o placar e deixar a Azzurra como senhora do jogo, controlando as ações diante dos japoneses – que pareciam não acreditar no reverso da fortuna.

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Mas a partida ainda reservava mais uma reviravolta a favor do time de Zaccheroni. Numa cobrança de falta de Endo pela direita, aos 24 minutos, Okazaki testou para empatar em 3 a 3. Os asiáticos voltaram a incendiar o jogo, impondo seu ritmo acelerado e aproveitando sua reserva de fôlego para encurralar a fatigada seleção italiana. O quarto gol japonês só não saiu por capricho – aos 37, em um incrível assalto, os Samurais Azuis carimbaram a trave de Buffon por duas vezes. Quatro minutos depois, porém, veio o castigo final: com o Japão em modo máximo de pressão, a Itália encaixou um contra-ataque fulminante. Marchisio serviu Giovinco na pequena área, livre para empurrar para o gol: Itália 4, Japão 3. Desta vez, o estoque de surpresas havia se esgotado – e, mesmo com pressão nipônica nos últimos minutos, a Azzurra segurou o placar. Ao final do jogo, aplausos para ambos os times na Arena Pernambuco.

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