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Itália, vencedora, lamenta; o Japão, eliminado, se orgulha

Técnico da Azzurra reclama do cansaço e mostra preocupação com jogo contra o Brasil. Já treinador do Japão comemora partida ‘à moda espanhola’ da equipe

Zaccheroni conseguiu, durante quase todo o primeiro tempo, neutralizar a Azzurra em seu ponto mais forte, o passe – colocando os nipônicos, quem diria, para jogar no estilo dos campeões do mundo. “Nos inspiramos no jeito espanhol de jogar”, disse ele

Foram sete gols, lances inacreditáveis, viradas inesperadas: a partida entre Itália e Japão foi sem dúvida a mais emocionante da Copa das Confederações até agora. Satisfeitos, os 40.489 torcedores que compareceram à Arena Pernambuco aplaudiram de pé as duas seleções ao final da partida. Mas nem todos saíram do estádio satisfeitos. Mesmo tendo conquistado a vitória, o italiano Cesare Prandelli se mostrou um tanto contrariado com o desempenho de sua equipe. “Honestamente, espero não assistir novamente uma partida como a de hoje. Não pressionamos suficientemente nosso adversário e, depois de alguns erros individuais, toda a defesa começou a falhar”, reclamou Prandelli.

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Segundo o italiano, a explicação para esse descompasso, além de seu time possivelmente ter subestimado o adversário, deriva do cansaço de toda a equipe, que não conseguiu se recuperar completamente da partida contra o México, há três dias, no Rio. “A Copa das Confederações é um torneio muito interessante, mas o Brasil é um país muito quente. Deveriam ser programados mais dias de descanso entre uma partida e outra”, sugeriu. O desgaste físico preocupa o treinador para a partida contra a seleção brasileira, que decidirá o primeiro colocado do grupo. “Todos os jogadores estão muito cansados e alguns estão com problemas físicos. Terei de testá-los no treino de quinta para ver quais estarão disponíveis para o próximo jogo”.

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Curiosamente, o treinador derrotado estava mais animado. Alberto Zaccheroni conseguiu, durante quase todo o primeiro tempo, neutralizar a Azzurra em seu ponto mais forte, o passe – colocando os nipônicos, quem diria, para jogar no estilo dos campeões do mundo. “Nos inspiramos no jeito espanhol de jogar. Bola circulando rapidamente, um, dois toques, retendo a posse para que a Itália não pudesse impor seu jogo”, revelou, quando questionado sobre o segredo da superioridade de sua equipe na etapa inicial. O imponderável, porém, fez os europeus voltarem ao jogo – e, apesar da derrota no placar final, Zaccheroni afirmou estar orgulhoso com a atuação japonesa. “Estou contente por ver os jogadores criando tantas oportunidades, e não dando tantas para a Itália. Mas os adversários souberam aproveitar e mereceram a vitória”, reconheceu.

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O maior desafio de Zaccheroni para a próxima partida, diante do México, em Belo Horizonte – um jogo apenas para cumprir tabela, já que as duas equipes não têm chance de classificação às semifinais -, será mesmo trabalhar o moral dos jogadores, que ao final da partida, desabaram no gramado, inconformados com o resultado. Eleito o melhor jogador da partida, Kagawa mostrou-se absolutamente arrasado ao receber o troféu, após o jogo. “Psicologicamente, é muito difícil suportar uma derrota dessas”, balbuciou, abatido, o craque do Manchester United.

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