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O gigante Krul, arma secreta da Holanda: ‘Foi combinado’

O goleiro da Costa Rica, Keylor Navas, foi vazado apenas duas vezes (uma delas, de pênalti) durante os 510 minutos em que esteve em campo nesta Copa do Mundo. Depois de somar 21 defesas importantes em cinco jogos, dois deles com prorrogação, Navas é um sério candidato inclusive ao prêmio de melhor atleta da posição […]

O goleiro da Costa Rica, Keylor Navas, foi vazado apenas duas vezes (uma delas, de pênalti) durante os 510 minutos em que esteve em campo nesta Copa do Mundo. Depois de somar 21 defesas importantes em cinco jogos, dois deles com prorrogação, Navas é um sério candidato inclusive ao prêmio de melhor atleta da posição no torneio. Neste sábado, contudo, o arqueiro mais decisivo do duelo de quartas de final na Fonte Nova, em Salvador, foi o reserva do gol da Holanda, Tim Krul, de 26 anos, do Newcastle, da Inglaterra – que esteve em campo por apenas alguns minutos, tocou duas vezes na bola, eliminou a Costa Rica e colocou sua seleção entre as quatro melhores do Mundial. Krul, que é o suplente de Cillessen, dono da posição desde o início da Copa, só entrou na partida nos acréscimos da prorrogação, quando já estava claro que a decisão da vaga na semifinal contra a Argentina aconteceria nos pênaltis. De acordo com o técnico da Holanda, Louis Van Gaal, a possibilidade de apostar no goleiro reserva na série de cobranças alternadas já vinha sendo avaliada desde que a Costa Rica eliminou a Grécia nos pênaltis, nas oitavas. Cillessen não ficou sabendo do plano, pois Van Gaal não queria abalar sua confiança (e, de fato, o titular mostrou irritação ao ser sacado nos instantes finais do tempo extra). Krul, porém, não só estava avisado de que poderia entrar em caso de decisão por pênaltis como também foi preparado pela comissão técnica para defender as cobranças de cada batedor costarriquenho. O atleta acabou acertando o canto em todas as batidas e espalmou duas cobranças, de Bryan Ruiz e Michel Umana. Depois da partida, Van Gaal se disse orgulhoso da estratégia e explicou que a escolha de Krul se deve à sua grande envergadura.

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O goleiro de 1,93 metro logo intimidou os batedores adversários ao se posicionar sob as traves, esticar os braços e mostrar seu tamanho. Krul também recorreu à catimba, provocando os costarriquenhos e prometendo agarrar as cobranças. “Todo jogador no meu grupo tem suas qualidades específicas. Sentíamos que ele seria o goleiro mais apropriado para defender os pênaltis. Ele tem uma grande envergadura e nós preparamos bem o atleta”, comemorou o treinador, aliviado com o sucesso da mudança – ele reconheceu que, em caso de classificação costarriquenha, seria alvo de duras críticas. Van Gaal garante que já vinha pensando na alteração antes mesmo do fim do tempo normal, e que reservou uma de suas três alterações� para o goleiro. O treinador disse que não se importa se Cillessen ficou incomodado com a troca e que havia motivos de sobra para fazer essa aposta. “É o técnico quem decide quem joga e quem entra. Não falei nada a ele porque não queria tratar disso antes do jogo, mas como já expliquei antes, cada goleiro tem suas virtudes, Tim tem braços mais longos e um histórico melhor nos pênaltis.” Krul, que fez sua estreia pela Holanda justamente em território brasileiro, num amistoso com a seleção da casa em Goiânia, em 2011 (quando, aliás, fechou o gol), disse que sua entrada na hora da decisão e sua influência na classificação à semifinal são “um sonho de menino”. “Eu já sabia que poderia entrar se chegássemos aos pênaltis. Quando começou a prorrogação, já comecei a me preparar. Foi tudo combinado”, contou. “Quem fica no banco precisa estar sempre pronto. Quando aparece uma oportunidade, você pode até classificar o time. É em situações assim que você vê o motivo de uma equipe ter 23 jogadores.”

(Giancarlo Lepiani, de Salvador)

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