08/07/2015

Há um ano Alemanha humilhava Brasil com 7 a 1 na Copa do Mundo 2014

Por Juan Reol/#Santaportal em 08/07/2015 às 11:34

SELEÇÃO BRASILEIRA – O dia 8 de julho ganhou proporções tristes e catastróficas aos brasileiros a partir de 2014. Há exato um ano o futebol brasileiro “ultrapassava” o fundo do poço com a humilhante goleada sofrida para a Alemanha, o infelizmente inesquecível 7 a 1, que aconteceu em confronto válido pela semifinal da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014. A derrota aconteceu no Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), em Belo Horizonte (MG). Os brasileiros ainda perderiam, por 3 a 0, para a Holanda, a disputa pela terceira posição, se despedindo do mundial com 10 gols sofridos em duas partidas.

A Seleção Brasileira, comandada pelo pentacampeão Luiz Felipe Scolari, o Felipão, e sob supervisão do tetracampeão Carlos Alberto Parreira, chegou até a última fase antes da grande final aos “trancos e barracos”. Vencia, mas não convencia. E, para piorar, estava sem Neymar, lesionado na partida anterior, frente à Colômbia, após entrada “criminosa” de Zuñiga.

Antes da trágica partida no Mineirão, o Brasil, mesmo com más partidas, conquistou bons resultados. Estreou em 12 de junho contra a Croácia, na vitória por 3 a 1 (Neymar duas vezes e Oscar / Marcelo contra). Depois veio o empate em 0 a 0 com o México e o jogo final da primeira fase, a goleada por 4 a 1 em Camarões (Neymar duas vezes, Fred e Fernandinho / Matip), que garantiu a Seleção Brasileira na 1ª colocação do Grupo A com sete pontos.

O adversário do Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo 2014 foi o “vizinho” Chile, que vinha realizando excelente participação na competição. O jogo foi sofrido, principalmente para os torcedores brasileiros, e terminou tanto no tempo normal como na prorrogação em 1 a 1, gols de David Luiz e Alexis Sánchez. Na decisão por pênaltis passou a Seleção Brasileira por 3 a 2 (David Luiz, Marcelo e Neymar marcaram, enquanto Willian e Hulk perderam / Aránguiz e Marcelo Diaz acertaram / Pinilla e Alexis Sánchez erraram).

Superado o Chile nas oitavas de final, a “pedreira” Colômbia, do até então melhor da Copa James Rodríguez, adversária nas quartas de final. O Brasil, mesmo no sufoco, fez 2 a 0 com Thiago Silva e David Luiz, mas caiu muito de produção, sofreu um gol de pênalti anotado pelo camisa 10 James e por “milagre” escapou do empate e da virada. O confronto ficou marcado pela lesão sofrida por Neymar, que acabou deixando a Copa do Mundo antecipadamente. Zuñiga entrou com o joelho nas costas da “Joia” e quebrou uma vertebra do craque.

Aos “trancos e barrancos” o Brasil se classificou para a semifinal da Copa do Mundo realizada em “sua casa”, a segunda na história dos mundiais. O adversário a Alemanha, que confirmaria de uma vez por todas a incompetência do futebol brasileiro atual. O superestimado Felipão, com os desfalques de Neymar, lesionado, e Thiago Silva, suspenso devido cartão amarelo, escalou o Brasil com Júlio César; Maicon, David Luiz, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Fernandinho), Ramires (Hulk), Oscar e Bernard; Fred (Willian). Os alemães entraram em campo com Neuer; Lahm, Jérôme Boateng, Mertesacker (Hummels) e Höwedes; Draxler (Khedira), Schweinsteiger, Tony Kroos e Özil; Thomas Müller e Schürrle (Klose). O técnico era Joachim Löw.

Logo no início da partida ficou claro que o Brasil estava perdido em campo e que não chegaria novamente na final da Copa do Mundo em sua casa, adiando mais uma vez o sonho do hexacampeonato. Para piorar, na lembrança o trauma da final de 1950, no primeiro mundial realizado no País, quando a Seleção Brasileira perdeu a final para o Uruguai por 2 a 1, com gols de Schiaffino e Ghiggia para os uruguaios e de Friaça para o selecionado da casa.

O confronto marcou a carreira do goleiro brasileiro Barbosa que, dizem, falhou no segundo gol do Uruguai, dando o título aos adversários. O jogo estava empatado em 1 a 1, resultado que dava o primeiro mundial ao Brasil. A partida recebeu o apelido de Maracanazzo, uma expressão latino-americana para marcar a “tragédia”.

Voltando ao “desastre” de 2014, a Alemanha abriu o placar logo aos 10 minutos do primeiro tempo com Thomas Müller. O Brasil se segurava como dava em campo, assustado e recuado no campo de defesa. E, claro, sentindo muito a ausência do craque Neymar.

A partir dos 22 minutos, ainda na primeira etapa, começou o massacre. Em três minutos os alemães marcaram três gols, deixando o placar em 4 a 0 antes dos 30 minutos. Klose (22min) e Tony Kroos duas vezes (24min e 25 min) “fecharam o caixão” do Brasil. Mas tinha espaço para mais e Kherida, aos 28, fez o quinto, mandando mais uma vez o goleiro Júlio César ir ao fundo do gol para pegar a bola e mandar para a reposição no centro de campo. Humilhantes 5 a 0 nos primeiros 45 minutos da semifinal. E, para a tristeza da torcida brasileira, haveria ainda o segundo tempo.

Nitidamente “segurando o pé”, a Seleção Alemã apenas administrava a partida na etapa final. E mesmo “sem querer”, chegou ao sexto gol com Schürrle, aos 23 minutos. E o atacante, de novo, fez o sétimo aos 33, completando os incríveis sete gols sofridos pelo Brasil, a maior goleada de sua história pentacampeão mundial. Oscar, aos 45, fez o dele, mas nesse momento o Mineirão estava quase sem nenhum torcedor brasileiro, que já iniciou o abandono do estádio ainda no intervalo.

Até então sem uma apresentação espetacular na Copa do Mundo 2014, a Alemanha partiu mais que confiante para a grande final, no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). A adversária foi a Argentina, que bateu a Holanda na semi e reeditou a decisão de 1990, na Itália, quando também perdeu para os europeus. Os alemães chegaram ao tetracampeonato mundial com o resultado de 1 a 0, gol de Gotze na prorrogação. O Brasil ficou em quarto após nova humilhação, desta vez perdendo por 3 a 0 para os holandeses.

Um ano depois e o que se vê na Seleção Brasileira é o mesmo sofrimento do “7 a 1”. Com o retorno de Dunga ao comando após a justa demissão de Felipão, o Brasil segue com péssimas atuações e partidas que não convencem. Mesmo com um bom início, com 11 vitórias seguidas, o ex-capitão do Brasil esteve à frente de novo fiasco em competição oficial, desta vez a Copa América 2015, realizada no Chile, com desclassificação nas quartas de final, nos pênaltis, para o Paraguai.

A solução para o retorno do prestígio, qualidade e brilhantismo do futebol brasileiro? Resposta mais difícil que segurar o ataque alemão no massacre de 8 de julho de 2014.

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