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Aposentada do vôlei, Jaqueline revela como virou uma das melhores passadoras do mundo

Bicampeã olímpica precisou se reinventar na carreira após grave lesão no joelho

Jaqueline lembra sobre dificuldades na carreira no Summit Liga Nescau

Jaqueline lembra dificuldades: “Poderia ter desistido” (Fotos: João Feitosa/Ben’d Leve/Divulgação)

 

A bicampeã olímpica Jaqueline vai ser sempre lembrada como uma ponteira completa, que tinha no passe a sua maior virtude. Receber um saque parecia ser tão simples e prazeroso quanto tirar uma foto com um fã após uma partida. Mas nem sempre foi assim. Antes de sofrer com as lesões no joelho, sobretudo no esquerdo, a ex-jogadora se considerava mais atacante do que passadora. Foi preciso se reinventar para continuar a ser uma das principais atletas de ponta do País.

 

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“Eu sempre fui muito atacante e queria pontuar, pontuar, pontuar. Depois das cirurgias, vi que realmente não saltava como antes, pelas dificuldades do joelho. Então, vi que tinha que me adaptar em alguma coisa. Pensei, tenho que treinar mais passe e defesa. Se não vou ser a melhor atacante, posso fazer alguma coisa para ajudar minhas melhores atacantes. E foi isso que eu fiz. Treinei muito passe e defesa e deu certo. Nunca havia sido grande passadora antes das lesões e provei que, quando quer, aprende. Me descobri de outras maneiras”, contou Jaqueline durante o Summit da Liga Esportiva Nescau.

Se superar o tempo todo foi uma lição que Jaqueline sempre colocou em prática ao longo de sua vitoriosa carreira. Depois de ser eleita a melhor jogadora do Campeonato Mundial de base, em 2001, a atacante de 17 anos rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo e passou seis meses sem jogar. Recuperada, viveu um novo drama no retorno às quadras: no segundo dia, torceu novamente o mesmo joelho. Veio uma nova operação e mais alguns longos meses de recuperação.

“Eu poderia ter desistido. Seria muito fácil, pois eu tinha desculpa perfeita. Seria só alegar que não consegui seguir em frente em função das lesões. Mas o que eu mais queria era jogar e provar que eu era capaz”, disse a bicampeã olímpica, cuja última aparição nas quadras foi na temporada 2020/21 com a camisa do Osasco São Cristóvão Saúde. Desde então, a pernambucana tem se dedicado a produzir conteúdo para as redes sociais.

Com 1,7 milhão de seguidores do Instagram, mais 1,3 milhão no TikTok e outros cerca de 500 mil no Twitter, Jaqueline está mais uma vez se reinventando aos 38 anos. “A transição nunca é fácil para uma atleta. Eu ainda evito ver jogos, pois sofro um pouco. Afinal, foi minha rotina desde os 14 anos. Como sempre gostei de comunicação, redes sociais, e hoje estou fazendo coisas novas, como apresentar o podcast Banca Braba. O vôlei passou e quero fazer coisas diferentes, entre projetos sociais e formação de atletas.”

 

tênis de vôlei

 

Durante o Summit da Liga Esportiva Nescau, evento on-line destinado a profissionais e estudantes de educação física, ela deu cinco dicas para as pessoas enfrentarem a transição de carreira.

1 – Acreditar nas próprias capacidades
“Se você acreditou em tudo que fez até agora, é preciso seguir assim. Eu sempre acreditei, me dediquei muito e vi resultados na carreira. Me tornei uma atleta consagrada e sei que se eu fizer qualquer outra coisa na vida, se tiver um objetivo, vai valer a pena e vai dar certo. Tem que acreditar na pessoa que você é e nunca deixar que nada te afete”.

 

2 – Encontrar uma atividade que goste de fazer
“Quando encontrar um novo projeto, profissão ou atividade que goste, vá em frente. Quando isso acontece, como aconteceu comigo, me entrego de verdade no que quero e me proponho a fazer”.

 

3 – Se preparar para os novos desafios
“Sempre me dediquei ao máximo no vôlei e estou fazendo isso nas minhas novas atividades, seja na atuação nas redes sociais como no podcast. Para fazer bem-feito é preciso preparação e dedicação constante para chegar lá”.

 

Jaqueline fala sobre a transição de carreira
Jaqueline levou aprendizados do vôlei para outras áreas de sua vida 

 

4 – Focar na meta e trabalhar, trabalhar, trabalhar
“Sempre olho para frente, com foco total no que quero fazer. Podemos comparar com aquele tapa olho lateral que se coloca nos cavalos, pois tento não olhar para os lados e jamais desfocar dos objetivos (Jaque cita os antolhos, um acessório que se coloca na cabeça de animal para limitar sua visão e forçá-lo a olhar apenas para a frente, e não para os lados, evitando que se distraiam ou se espantem e saiam do rumo).”

 

5 – Desistir, nem pensar
“Eu poderia ter desistido quando sofri minhas lesões. E teria um argumento muito fácil para justificar uma eventual aposentadoria precoce das quadras. Mas não era isso que eu queria. Eu queria dar a volta por cima, me superar e mostrar que eu podia me transformar no que sou hoje. E hoje, quero me transformar na pessoa que serei amanhã, trabalhando com comunicação e o que mais aparecer pela frente”.

 

joelheira de vôlei

 

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