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Preocupação em ‘defender’ vaga e dor na virilha dividem Tales sobre final

Após alcançar o índice ns 200m peito, nadador do Flamengo pensa em desistir da decisão: ‘Acho pouco provável que alguém faça um tempo mais baixo’

Por Rio de Janeiro

Poucos minutos depois de alcançar o índice para os Jogos de Londres-2012, Tales Cerdeira já teve de deixar a comemoração de lado para se preocupar com um novo dilema. O nadador do Flamengo disputou as eliminatórias dos 200m peito do Troféu Maria Lenk, nesta terça-feira, com dores na virilha direita. A suspeita de um estiramento muscular seria suficiente para o atleta ficar fora da final. O problema é que, assim, não teria como “defender” sua vaga, uma vez que outros adversários podem superar sua marca e carimbar o passaporte para as Olimpíadas.

- Isso é uma coisa que a gente vai estudar. Eu ainda tenho os 100m peito. Embora tenha concorrentes fortes, acho pouco provável que alguém faça um tempo mais baixo que o meu. Mas, no ano passado, não me dei muito bem nisso. Achei que ninguém ia bater meus tempos e acabei perdendo vaga no Mundial nos 100m e nos 200m peito. Então, não dá para descartar ninguém - disse Tales, ainda dividido.

Natação Maria Lenk Tales Cerdeira 200m peito (Foto: Satiro Sodré/AGIF)Tales Cerdeira fez o índice olímpico dos 200m peito no Maria Lenk (Foto: Satiro Sodré/AGIF)

Com o tempo de 2m10s37 nas eliminatórias dos 200m peito, o nadador do Flamengo colocou o seu nome entre os dois nadadores pré-classificados para Londres nesta prova. Henrique Barbosa segue com a melhor marca (2m09s82). Para confirmarem a vaga, porém, eles precisam continuar com os dois melhores tempos após a final, que será disputada nesta terça, às 19h, com transmissão ao vivo do SporTV.

Ainda que não consiga disputar a final, Tales só tem motivos para comemorar. Na noite desta segunda-feira, quando sentiu uma dor na virilha direita, chegou a pensar que sequer conseguiria disputar as eliminatórias. Com a ajuda do departamento médico do P.R.O 16, no entanto, nadou e ainda alcançou o índice.

- Ontem à noite, quando estava treinando, simplesmente sofri um estiramento na minha virilha. Não conseguia nadar peito, não consegui aquecer de manhã. Então, queria agradecer especialmente ao meu fisioterapeuta Natan Cunha e ao meu médico Gustavo Maglicocca. Eles fizeram mágica e conseguiram me fazer nadar esses 200m. Pensei até em sair da prova, porque eu não tinha condição.