Recordista em participações na Copa das Confederações, com a presença em sete edições, a seleção brasileira foi eliminada na primeira fase uma única vez, em 2003. O Brasil vinha de um pentacampeonato mundial, conquistado no ano anterior, e decepcionou com a despedida prematura após obter apenas uma vitória em três jogos - largou com derrota para Camarões, venceu os Estados Unidos e empatou com Turquia. Integrante daquela seleção, o ex-jogador Belletti lembrou o quanto a estreia ruim foi determinante para o fracasso (assista ao vídeo).
- Tínhamos uma seleção para irmos mais longe, com alguns jogadores que foram pentacampeões, mais o Adriano, que estava em ótima forma. A estreia foi muito ruim. Perder logo na estreia para Camarões já nos distanciou da classificação. Contra Camarões, a obrigação do Brasil é vencer sempre. Até jogamos bem, mas o adversário tinha um diferencial: Samuel Eto'o. Não acho que eles jogaram melhor. Simplesmente tinha um jogador que, naquela partida, foi muito bem, e nós não conseguimos marcar gol - recordou.
Após perder por 1 a 0 para os camaroneses, o Brasil venceu os EUA por 1 a 0, com gol de Adriano, mas acabou eliminado ao empatar em 2 a 2 com a Turquia, na última partida da primeira fase. Para Belletti, o erro foi deixar para decidir na última rodada.
- Apesar do gol de Adriano no começo da partida, a Turquia jogou muito bem e conseguiu virar em dois bons contra-ataques. Foi uma eliminação para a qual não havia desculpa. Porque nós deixamos para o jogo mais difícil a chance de se classificar e não conseguimos - afirmou.
Brasil foi eliminada pela Turquia no terceiro jogo da primeira fase em 2003 (Foto: Reprodução/SporTV)Jogando em casa, a França foi a campeã daquela edição, que ficou marcada também pela morte do camaronês Marc-Vivien Foé, que sofreu uma parada cardíaca em campo, na partida entre Camarões e Colômbia, pela semifinal.
Para Belletti, os "medalhões" acabaram fazendo falta ao Brasil, mas a competição serviu para que o técnico Carlos Alberto Parreira fizesse algumas experiências e iniciasse um processo de renovação.
- Craques como Ronaldo, Roberto Carlos, Rivaldo, Cafu sempre fazem falta, ainda mais para uma seleção que foi eliminada tão rapidamente - disse.
A desclassificação naquela ocasião ficou marcada na memória do ex-jogador, atualmente comentarista do SporTV. Para o ex-lateral, o Brasil entra como favorito em qualquer competição, e não foi diferente em 2003.
- Não tem como você vestir a camisa amarela e achar que foi bom, que valeu a pena. Você entra para vencer. Quando você é convocado, você sabe da responsabilidade. É sempre muito triste ser eliminado na primeira fase de qualquer competição. Coletivamente, a tristeza é enorme. Individualmente, doeu muito mais do que pareceu.
