Por João Antonio de Carvalho

A seleção polonesa vai disputar a sua 8ª Copa, voltando após ausência nas duas últimas. A Polônia teve grandes momentos nos mundiais de 1974 e 1982, quando chegou em terceiro lugar.

A classificação foi alcançada com a primeira colocação no Grupo B das eliminatórias européias, com 25 pontos, cinco à frente da Dinamarca.

A Polônia surpreendeu o mundo em 1974, primeiro ao eliminar a Inglaterra, dentro de Wembley, nas eliminatórias. Fez uma primeira fase consistente, onde venceu seus três jogos, Argentina, Haiti e Itália. Na segunda fase ganhou da Suécia e da Iugoslávia e só perdeu a chance de ir para a final ao perder de 1 a 0 para a anfitriã Alemanha. Na decisão de terceiro lugar venceu o abalado Brasil, por 1 a 0, e completou sua ótima campanha. Voltou a ir bem em 1978, mas não alcançou as semifinais, ficando em terceiro num grupo com Argentina e Brasil. Em 1982, já com Boniek, fez uma campanha invicta até perder para a Itália, nas semifinais, por 2 a 0. Novamente venceu a decisão de terceiro lugar, agora por 3 a 2 contra a França.

O seu treinador é o ex-zagueiro Adam Nawalka, de 60 anos, que disputou a Copa de 1978, na Agentina, com apenas 19 anos. Ele abandonou o futebol de forma precoce, em 1985, com apenas 28 anos, após sofrer diversas contusões. Em 1996 iniciou sua carreira de treinador, que só teve trabalhos no próprio futebol polonês. Em 2013 foi convidado pelo presidente da Federação Polonesa, o ex-ídolo Boniek, para assumir o cargo na vaga de Waldemar Fornalik, conseguido classificações para a fase final da Euro e também para a Copa da Rússia.

Seu principal jogador é o atacante Lewandowski, de 29 anos, que joga no Bayern Munique. Com faro de gol apurado, ele é bom tanto em finalizações com os dois pés como no jogo aéreo. Foi artilheiro em todos os times que passou, como Znicz Pruszków e Lech Poznan, da Polônia, e Borussia Dortmund e Bayern, da Alemanha. Pela seleção polonesa estreou em 2008 e já fez 52 gols, se tornando o recordista do país, ultrapassando o lendário Lubanski. Foi o artilheiro das eliminatórias européias, com 16 gols, um a mais que Cristiano Ronaldo.

O maior jogador da história polonesa, em que pese astros como Lubanski, Lato e Szarmach, foi o atacante Zbigniew Boniek, que disputou as Copas de 1978,, 1982 e 1986. Iniciou a carreira no Widzew Lódz, um time médio, que com Boniek foi vice-campeão polonês em 1979 e 1980, ganhando depois o bi em 1981 e 1982. Depois de uma participação brilhante na Copa de 1982, onde a Polônia terminou em terceiro, ele foi negociado com a Juventus de Turim. Jogando ao lado de Zoff, Scirea, Cabrini, Tardelli e Platini, Boniek ajudou a Juve a ganhar a inédita Liga dos Campeões, na temporada 1984/1985, sofrendo o pênalti cobrado por Platini que resultou no único gol da partida contra o Liverpool. No ano seguinte foi contratado pela Roma e ainda conquistou a Copa da Itália em 1985/1986. Pela seleção jogou 80 partidas e marcou 24 gols.

Goleiros 

1 – Wojciech Szczesny – Juventus (Itália)
12 – Bartosz Bialkowski – Ipswich Town (Inglaterra)
22 – Lukasz Fabianski – Swansea City (País de Gales/Inglaterra)

Defensores 

2 – Michal Pazdan – Legia Varsóvia (Polônia)
3 – Artur Jedrzejczyk – Legia Varsóvia (Polônia)
4 – Thiago Cionek – SPAL (Itália)
5 – Jan Bednarek – Southampton (Inglaterra)
15 – Kamil Glik – Monaco (França)
18 – Bartosz Bereszynski – Sampdoria (Itália)
20 – Lukasz Piszczek – Borussia Dortmund (Alemanha)

Meias 

6 – Jacek Goralski – Ludogorets (Bulgária)
8 – Karol Linetty – Sampdoria (Itália)
10 – Grzegorz Krychowiak – West Bromwich (Inglaterra)
11 – Kamil Grosicki – Hull City (Inglaterra)
13 – Maciej Rybus – Lokomotiv Moscou (Rússia)
16 – Jakub Blaszczykowski – Wolfsburg (Alemanha)
17 – Slawomir Pesko – Lechia Gdansk (Polônia)
19 – Piotr Zielinski – Napoli (Itália)
21 – Rafal Kurzawa – Gornik Zabrze (Polônia)

Atacantes 

7 – Arkadiusz Milik – Napoli (Itália)
9 – Robert Lewandowski – Bayern de Munique (Alemanha)
14 – Lukasz Teodorczyk – Anderlecht (Bélgica)
23 – David Kownacki – Sampdoria (Itália)