Por João Antonio de Carvalho

Esta será apenas a segunda participação da Sérvia como país independente, após ter jogado nove como Iugoslávia e uma como Sérvia e Montenegro, em 2006.

Sua classificação nas eliminatórias européias se deu com a primeira colocação do Grupo D, com 21 pontos, deixando a Irlanda em segundo, com 19, e País de Gales, de Gareth Bale, em terceiro, com 17.

Na sua única participação como país independente, em 2010, caiu logo na primeira fase, ao perder de Gana, por 1 a 0, da Austrália, por 2 a 1. Nem a surpreendente vitória sobre a Alemanha, por 1 a 0, gol de Jovanovic, serviu para classificar os sérvios.

O seu treinador é Slovojoub Muslin, de 64 anos, que como zagueiro foi ídolo no Estrela Vermelha e teve passagens por Lille, Brest e Caen, da França. Iniciou a carreira de treinador em 1988, no Brest e de lá para cá rodou o mundo, dirigindo equipes na França, Marrocos, Ucrânia, Bélgica, Bulgária e Rússia, entre outros. Mesmo sem nunca ter dirigido uma seleção foi convidado para dirigir a seleção sérvia a partir de 2016, depois da demissão de Radovan Curcic, que não conseguiu classificar a seleção para a Eurocopa.

O principal jogador da seleção sérvia é o volante Nemanja Matic, de 29 anos, que joga no Manchester United. Seu primeiro grande time na Europa foi o Chelsea, em 2009, mas jogou pouco por lá, passou por empréstimo pelo Vitesse, da Holanda, e foi negociado com o Benfica, onde seu talento explodiu. Com isso foi novamente contratado pelo Chelsea, onde aí sim brilhou, comandado por José Mourinho. Aliás foi o treinador português que pediu sua contratação ao Manchester, que pagou 45 milhões de euros por ele. Não é um jogador que aparece muito mas normalmente acerta os times que joga e dificilmente erra passes. Está na seleção desde 2008.

Com uma história muito conturbada policiamente, onde durante muitos anos a Iugoslávia contou com jogadores que nasceram em vários países, vamos colocar aqui como destaque um jogador nascido na Sérvia, e que brilhou nos anos 70. O ex-ponta Dragan Dzajic foi ídolo no Estrela Vermelha e também no Bastia, da França, numa época em que jogadores da antiga “Cortina de Ferro” dificilmente iam para o futebol europeu. Sua importância era tão grande que Pelé chegou a lamentar que ele não fosse brasileiro, o chamando de um verdadeiro mago. Pela seleção disputou a Copa de 1974 e foi vice-campeão da Eurocopa em 1968, marcando 23 gols em 85 jogos.

Goleiros:

1 – Vladimir Stojkovic – Partizan Belgrado (Sérvia)
12 – Predrag Rajkovic – Maccabi Tel Aviv (Israel)
23 – Marko Dmitrovic – Eibar (Espanha)

Defensores:

2 – Antonio Rukavina – Villarreal (Espanha)
3 – Dusko Tosic – Guangzhou R&F (China)
5 – Uros Spajic – Anderlecht (Bélgica)
6 – Branislav Ivanovic – Zenit (Rússia)
11 – Aleksandar Kolarov – Roma (Itália)
13 – Milos Veljkovic – Werder Bremen (Alemanha)
14 – Milan Rodic – Crvena Zvezda (Sérvia)
15 – Nikola Milenkovic – Fiorentina (Itália)

Meio-campistas: 

4 – Luka Milivojevic – Crystal Palace (Inglaterra)
7 – Andrija Zivkovic – Benfica (Portugal)
10 – Dusan Tadic – Southampton (Inglaterra)
16 – Marko Grujic – Liverpool (Inglaterra)
17 – Filip Kostic – Hamburgo (Alemanha)
20 – Sergei Milinkovic-Savic – Lazio (Itália)
21 – Nemanja Matic – Manchester United (Inglaterra)
22 – Adem Ljajic – Torino (Itália)

Atacantes: 

8 – Aleksandar Prijovic – PAOK (Grécia)
9 – Aleksandar Mitrovic – Newcastle United (Inglaterra)
18 – Nemanja Radonjic – Estrela Vermelha (Sérvia)
19 – Luka Jovic – Eintracht Frankfurt (Alemanha)