Por João Antonio de Carvalho

Esse será o 12º mundial da seleção sueca, que ficou ausente nas duas últimas edições. Já foi uma vez vice-campeã, em 1958, e terminou em terceiro em 1950 e 1994.

A classificação da Suécia veio na repescagem, quando eliminou a Itália, quatro vezes campeã mundial. Na fase de grupos terminou em segundo lugar no Grupo, com 19 pontos, atrás da França, que teve 23. A Holanda também ficou com 19 mas perdeu no saldo de gols. Na repescagem venceu em casa por 1 a 0, gol de Johansson, e segurou o 0 a 0 em Milão, se garantindo e tirando os italianos.

Comandada por Nils Liedholm, que depois viria a se tornar um grande treinador, a Suécia aproveitou bem o fato de sediar a Copa de 1958. Na primeira fase os suecos terminaram em primeiro no seu grupo, com vitórias sobre México e Hungria e empate contra País de Gales. Nas quartas-de-final a vítima foi a União Soviética, vencida por 2 a 0. Na semifinal a vitória foi sobre a Alemanha, então campeã mundial, por 3 a 1. Só que a alegria sueca chegaria ao final na decisão, contra o Brasil. Liedholm ainda chegou a fazer 1 a 0, mas a seleção de Pelé, Didi e Garrincha virou para 5 a 2 e conquistou seu primeiro título mundial.

O treinador da Suécia é Janne Andersson, de 55 anos, que fez toda a sua carreira, como jogador e como treinador, no próprio país. Ele começou a aparecer quando foi contratado pelo IFK Norrköping, em 2013. O time não ganhava um campeonato desde 1989 e voltou a ser campeão nas suas mãos, em 2015. Foi a porta aberta para ser convidado para dirigir a seleção, após a queda de Erik Hamrén, que foi mal durante a Eurocopa 2016. Teve uma postura bem firme no caso Ibrahimovic, que abandonou a seleção e ameaçou voltar para a Copa do Mundo. Andersson disse que não iria nem falar sobre o assunto e daria força para os que levaram o time ao mundial.

Sem Ibrahimovic, seu principal jogador é o cerebral  Emil Forsberg, meia de 26 anos, que brilhou nas últimas temporadas jogando pelo RB Leipzig, da Alemanha. Ele começou a aparecer jogando pelo Malmö, time que também tinha revelado Ibrahimovic, mas em 2015 foi contratado pelo time alemão. No Leipzig, Forsberg foi um dos responsáveis pelo acesso para a Primeira Divisão, o vice-campeonato na temporada 2016/2017 e a vaga inédita para a Liga dos Campeões. Jogador de passes precisos e ótima finalizção tem tudo para brilhar na Copa. Na seleção estreou em 2014 e já marcou seis gols.

O grande jogador da história sueca é o polêmico goleador Zlatan Ibrahimovic, que ainda está em ação, jogando no futebol dos Estados Unidos, mas decidiu abandonar a seleção, onde disputou 116 jogos e marcou 62 gols. Foi ídolo e campeão em vários times europeus, com o Ajax, da Holanda, Juventus, Inter de Milão e Milan, da Itália, Barcelona, da Espanha, Paris Saint-Germain, da França, e Manchester United, da Inglaterra. Estreou na seleção sueca em 2001, tendo participado das Copas de 2002 e 2006 e curiosamente não tendo feito nenhum gol em nenhuma delas.

Goleiros 

1 – Robin Olsen – Copenhague (Dinamarca)
12 – Karl-Johan Johnsson – Guingamp (França)
23 – Kristoffer Nordfeldt – Swansea (País de Gales/Inglaterra)

Defensores

2 – Mikael Lustig – Celtic (Escócia)
3 – Victor Nilsson-Lindelöf – Manchester United (Inglaterra)
4 – Andreas Granqvist – Krasnodar (Rússia)
5 – Martin Olsson – Swansea City (País de Gales/Inglaterra)
6 – Ludwig Augustinsson – Werder Bremen (Alemanha)
14 – Filip Helander – Bologna (Itália)
16 – Emil Krafth – Bologna (Itália)
18 – Pontus Jansson – Leeds United (Inglaterra)

Meias

7 – Sebastian Larsson – Hull City (Inglaterra)
8 – Albin Ekdal – Hamburgo (Alemanha)
10 – Emil Forsberg – RB Leipzig (Alemanha)
13 – Gustav Svensson – Seattle Sounders (Estados Unidos)
15 – Oscar Hiljemark – Genoa (Itália)
17 – Viktor Claesson – Krasnodar (Rússia)
19 – Marcus Rohdén – Crotone (Itália)
21 – Jimmy Durmaz – Toulouse (França)

Atacantes

9 – Marcus Berg – Al Ain (Emirados Árabes)
11 – John Guidetti – Alavés (Espanha)
20 – Ola Toivonen – Toulouse (França)
22 – Isaac Kiese Thelin – Waasland-Beveren (Bélgica)