Um nasceu em dezembro de 1987. O outro, exatos dois anos depois, em dezembro de 1989. Um foi medalhista de bronze em Londres-2012. O outro garantiu a prata na mesma Olimpíada. Se não bastasse serem da mesma família, os Irmãos Falcão ainda vivem uma fase brilhante no boxe profissional.
Aos 28 anos, Esquiva está invicto, com 21 vitórias, enquanto Yamaguchi, de 30, também não sabe o que é perder na carreira: são 16 triunfos. Para a família de Touro Moreno e Maria Olinda, é orgulho que não cabe dentro do peito.
Nosso paizão está orgulhoso. Estamos vivendo um momento muito alegre, isso é muito importante para nossa família. Poucas famílias têm dois atletas medalhistas olímpicos e próximos do cinturão. É coisa de Deus, disse Yamaguchi.
Fico muito feliz pelos meus resultados e pelos resultados do meu irmão também. É um momento especial para o boxe e para a família Falcão, complementou o irmão.
Apesar de serem gerenciados por empresas diferentes Yamaguchi é da Golden Boy, enquanto o irmão faz parte da Top Rank , os dois têm um sonho em comum e que está mais próximo a cada combate: o cinturão. Esquiva, inclusive, está a uma luta de brigar pelo título mundial, o que deve acontecer no início de 2019.
Yamaguchi cogita, em algum momento da carreira, lutar no mesmo evento de Esquiva. Mas encarar o mano em cima do ringue nem pensar.
Nossos pais não deixariam e nem eu iria querer. Um golpe poderia acabar com a carreira do outro. Já lutei com ele uma única vez, no amador, pelo Campeonato Paulista de 2009. Ganhei dele, ele guarda essa mágoa até hoje (risos), brincou o pugilista capixaba.
Mesmo sangue, estilos diferentes
Apesar de serem irmãos do mesmo sangue e serem atletas do mesmo esporte, Esquiva e Yamaguchi Falcão não têm necessariamente as mesmas características durante um combate. Yamaguchi defende que seu estilo é mais brincalhão em cima do ringue, um jeito moleque de lutar.
Eu toco, toco, toco e não gosto de ser tocado, de apanhar. Eu me movimento bastante. Já Esquiva é um pouco mais parado, provoca a briga, caminha mais para a frente, não tanto para trás. São estilos bem diferentes, disse Yamaguchi, que teve o apoio do irmão in loco ao vencer o mexicano Elias Espadas em julho, com a estratégia de lutar para frente nos cinco primeiros rounds e do sexto em diante boxear para trás.
Esquiva complementou o irmão: Meu irmão gosta de boxear, fazer as brincadeiras dele no ringue e é muito rápido. Já eu sou mais focado, gosto de atirar muitos golpes".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta