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Carlos Bacca, paciência para alcançar o êxito

As vitórias ante Bolívia e Equador reforçaram a confiança dos cafeteiros que encontraram um novo ídolo: o herói que veio para o resgate para deixar a equipe numa quinta posição mais confortável. O atacante do AC Milan, Carlos Bacca, marcou o segundo gol na visita a La Paz e fez dois gols em Barranquilla.

Colômbia estava inquieta. Sétima na tabela Sul-Americana no caminho para a Copa do Mundo Rússia 2018 ™, com apenas quatro pontos após quatro rodadas, os fãs sofreram diante da perspectiva de uma convocatória para a dupla cita em Março sem Radamel Falcao, Teófilo Gutierrez e nem Jackson Martinez.

As vitórias ante Bolívia e Equador reforçaram a confiança dos cafeteiros que encontraram um novo ídolo: o herói que veio para o resgate para deixar a equipe numa quinta posição mais confortável. O atacante do AC Milan, Carlos Bacca, marcou o segundo gol na visita a La Paz e fez dois gols em Barranquilla. Foram os seus três primeiros gols em partidas oficiais com a Colômbia. Em total leva 11 gols com a seleção. 

Parece pouco para um jogador de 29 anos. Mas não é. Bacca, que sonhou desde pequeno em disputar com Faustino Asprilla na Série A, debutou sua primeira divisão há apenas 7 anos e 1 mes! Nove anos atrás a sua vida estava longe de debutar com a camiseta do Junior no futebol profissional. O jogador colombiano trabalhava como cobrador de ônibus. 

FIFA.com teve a oportunidade de conversar com o ex jogador do Junior de Barranquilla, Brujas e Sevilla após sua espetacular semana com a equipe cafetera.

Carlos, as notáveis ausências na dianteira colombiana para a última doble jornada de eliminatórias houve mais pressão na hora de jogar?
A Seleção sempre teve bons atacantes, mas antes de tudo somos uma equipe. Tanto Falcao como Teo e Jackson, ao igual que Bacca, Luis Muriel ou Adrián Ramos, dependemos do trabalho de equipe. Eu mantinha a tranquilidade porque sabia que estava trabalhando bem no meu time e tinha a confiança do corpo técnico. Conhecia que os resultados chegariam. No futebol é necessário manter a confiança e a tranquilidade.

Mas após os tropeços com o Uruguai e Argentina ou o empate com Chile, houveram fortes dúvidas ao respeito com a equipe. De que forma isso foi dirigido pela equipe?
Foi difícil, mas mantivemos a calma. Por sorte, temos um corpo técnico experimentado nisso (NdR: José Pekerman é o treinador). Deveríamos estar unidos e seguros. Temos que entender que a equipe passou por muitas mudanças desde as eliminatórias passadas, tratando-se do que foi o Mundial ou a Copa América. Jogadores novos, jogadores que mudaram de clubes e que estão se adaptando às novas circunstâncias, jogadores lesionados… Deveríamos nos reencontrar e recuperar as sensações. E conseguimos nestes dois encontros. Igual não podemos vacilar porque agora sobram muitos meses para que a seleção volte a competir. 

Falando em adaptação às novas realidades, como foi para você ter mudado Sevilha por Milão?
Um pouco difícil, para ser honesto. Para um atacante, o Calcio é difícil. Mas o corpo técnico me tem dado confiança e os colegas também me ajudaram bastante e o clube me tem facilitado as coisas. Pouco a pouco os resultados estão aparecendo.

Sem dúvidas com 16 gols em 34 partidas na sua primeira temporada, as coisas parecem bem. Onde tem sido a dificuldade?
Para um atacante aqui é difícil que te percebam somente no ataque, somente nos gols. Aqui, um atacante trabalha muito mais a parte tática. Mas eu tinha este sonho e estou feliz por isso. 

Por que o sonho de jogar na Itália?
De criança, na Colômbia, víamos muitas partidas da Liga Italiana na televisão porque havia muitos compatriotas. Entre eles a (Faustino) Asprilla no Parma, Iván Ramiro Córdoba no Inter, Jorge Bolaño no Parma… eram nossos referentes naquele tempo. E como clube se destacava o AC Milão e sempre esteve presente este sonho que pude realizar. 

Voltando à Seleção, marcar dois gols como foi ante o Equador é algo especial, mas realizarlo em Barranquilla significa o mesmo ou tem maior valor?
(Risos) Sempre é lindo marcar gols, mas, sem dúvida, marcar no lugar onde comecei como profissional, no lugar onde mais me querem, com a minha família presente e marcar com a camiseta da Seleção e que gritem o teu nome é algo fascinante para qualquer jogador. Nunca esquecerei. 

E o primeiro, com um giro inesperado na ação prévia, pode ser considerado um verdadeiro golaço…
Sim, um gol muito lindo. Uma jogada que elaboramos bem. James (Rodríguez) me lança forte mas consigo controlar e viro bem.

Apos marcar mostrou uma dança com Juan Guillermo Cuadrado, algo que já chamou a atenção de muitos na anterior Copa Mundial da FIFA. De onde saem estes passos?
(Risos) Sim, Cuadrado é agora a alegria do vestiário após a saída de (Pablo) Armero ou (Juan Camilio) Zúñiga, que traziam este toque de alegria. Também está Jeison Murillo que aporta muito dentro da cancha e fora na convivência. Estes bailes não podem faltar! Mas voltando à sua pergunta, o planejamos e treinamos. 

Falando de alegria no campo, vemos muito bem o jogador James Rodríguez no seu rol de capitão. Qual é a tua análise sobre ele nesta nova etapa? 
Eu o vejo muito bem. Um jogador necessita a confiança do seu clube. Ele, na sua primeira temporada no Real Madrid que é a mais difícil, ele trabalhou muito bem. Agora, com a mudança de treinador e da forma de trabalho houveram certas críticas. Mas com a sua mentalidade, seu trabalho, seu futebol e a sua qualidade tenho certeza que conquistará grandes coisas. 

Quão difícil é a eliminatória sul-americana? Falou-se muito a respeito.
É a mais difícil do mundo porque tem jogadores com um talento muito especial, são inteligentes e com este sangue tão particular. São 7 equipes batalhando por todos os lados. 

Boa amostra da igualdade é ver o Brasil em sexto lugar, podendo estar fora do Mundial Rússia 2018. Isto lhe surpreende?
Para Brasil é difícil regressar à eliminatória depois de quatro anos. Perderam essa tensão da competição. Um jogador de futebol precisa desta pressão como motivação e fazer o melhor. Estão ressentindo, porque não é o mesmo jogar amistosos do que classificatórios.

Mencionando o Brasil, que comemorou por pouco tempo no anterior Mundial, verá a próxima Copa com uma motivação extra?
E sim, muita ilusão, porque uma lesão impediu que eu pudesse chegar a tope com Brasil. Por desgraça estamos expostos a estes riscos no esporte. E quanto a equipe, tomara que nos respeitem para 2018.

Fonte: FIFA.com

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