"Sim, eu sou um especialista em pão", Gaston Silva admite com um sorriso. "Então, talvez agora eu não saiba tudo o que eu sabia, mas eu era bom nisso", diz à FIFA.com.
Criado entre sacos de farinha e fermento da padaria da família que seu pai continua administrando na cidade uruguaia de Salto, o defesa era mais um quando era hora de dar uma mão … até que aos 15 anos de idade tomou uma decisão: apostou tudo no futebol. Assim fez Martin, seu irmão mais velho, por isso, ambos foram junto com a irmã, que ia estudar em Montevidéu.
"Não foi fácil manter todos os três. O esforço e sacrifício de toda a minha família foram fundamentais, mas é uma daquelas experiências que você se lembra com muito carinho". A mãe, Patricia Perdomo, irmã do 'El Chueco' , meio campista que em 87 foi campeão da América com o Uruguai e da Libertadores com Peñarol-, sabia como gasta o mundo do futebol e quanto custa chegar. Por isso chegou a um acordo com seus filhos: tinham dois anos para tentar.
Sete anos se passaram desde então e, aparentemente a aposta não deu errado. Martin joga no Uruguai depois de um curto período de tempo na Europa, e Gaston chegou nesta temporada ao Granada da Liga espanhola, por empréstimo do Torino italiano. Totalmente instalado na cidade andaluza, reconhece que falta apenas uma coisa em seu apartamento. Algo "fundamental" para todos os uruguaios: "o terraço é muito grande e estamos esperando para colocar a churrasqueira".
Buscando minutos
Seus compatriotas em La Liga, famosos como Luis Suarez, Diego Godin e José Gimenez deram-lhe boas dicas antes de vir. "Eles disseram que era um campeonato muito competitivo e que nenhuma equipe te dá nada de bandeja". E Gaston espera não passar por apuros para garantir a categoria. "Com o passar das partidas estaremos colocando e adaptando melhor ao jogo que o treinador pede e espero não sofrer tanto".
O uruguaio tem claro o que o trouxe para Granada. "Eu buscava continuar somando experiências para continuar a crescer como jogador". Isso e aproveitar os minutos que não teve no Toro, e considera importante para abrir as portas da Celeste aos 22 anos.
Coincidência ou não, depois de ter sido parte do grupo que jogou a Copa América Centenário e estreia com o clube Nazari, Gaston foi titular nas últimas jornadas de eliminatórias, com boas atuações contra Argentina e Paraguai, na lateral esquerda, embora a sua posição preferida seja a de central.
Destino Rússia
Capitão da seleção Sub-20 vice-campeã mundial em 2013, também jogou a final da Copa Mundial Sub-17 da FIFA celebrada dois anos antes, e seu próximo desafio é evidente: jogar no Mundial da Rússia.
“Uruguai tem um grande plantel e a equipe está muito comprometida”.
Ainda restam muitos jogos para saber se Gastón acerta ou não em suas previsões mas uma vitória em Barranquilla nesta terça colocaria o defensor celeste um passinho a mais perto da meta.
FIFA.com
