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Os irmãos Boateng estarão frente a frente novamente

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Se antes de chegar ao Brasil já era apontada como uma das favoritas à conquista da Copa do Mundo, a seleção da Alemanha se consolidou após a inquestionável goleada por 4 a 0 em Portugal, logo na estreia. Neste sábado, às 16 horas (de Brasília), na Arena Castelão, em Fortaleza, os alemães voltam a campo tentando encaminhar a vaga para as oitavas de final. O adversário será a seleção de Gana, que a Alemanha encontrou e venceu na primeira fase da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Em caso de derrota, os ganeses podem extinguir qualquer chance de classificação.

Além do clima de revanche, a partida colocará novamente em lados opostos os irmãos Boateng: Jérôme, do lado alemão, e Kevin-Prince, pela seleção de Gana.

Reserva na derrota para os Estados Unidos, na primeira rodada, o meia ganês ainda é lembrado por ter tirado o meia Michael Ballack do Mundial passado. Às vésperas da competição, na final da Copa da Inglaterra, entre Portsmouth e Chelsea, o capitão alemão rompeu os ligamentos do tornozelo direito após falta dura cometida por Kevin-Prince.

“Não estamos pensando nisso. Voltando no tempo, foi um choque para nós logo que soubemos, porque não sabíamos como substituir Ballack. Mas isso não é mais um problema. Sabemos que Gana tem qualidades. A única coisa que faltou a eles em 2010 foi chegar à final”, disse o zagueiro Per Mertesacker, que neste sábado completará 100 jogos pela Alemanha.

Polêmicas à parte, os alemães estão preocupados com a força física dos ganeses. A provável alta temperatura em Fortaleza no horário da partida pode ser uma vantagem para os africanos, mais habituados ao calor.

“Eles querem brilhar e se sobressair em todas as jogadas de um contra um. Temos que jogar em unidade e desempenhar os fundamentos corretamente, como fizemos contra Portugal. Acho que a parte mais importante é o físico, porque eles são ainda mais fortes que os portugueses. Será um jogo pegado, não só por causa do calor de Fortaleza”, afirmou Mertesacker.

Pelo lado de Gana, a federação local de futebol fez questão de afastar os boatos criados após o revés na estreia. Negou que os jogadores mais experientes estejam organizando um boicote contra o técnico Kwesi Appiah e disse que o atraso no pagamento pela participação dos ganeses na Copa já estão sendo solucionado.

“Nós estamos felizes e agradecemos à Associação por manter a promessa. Apesar disso, preciso dizer que não estamos no Brasil para jogar por causa do dinheiro. Eu acredito que as notícias sobre isso nos motivarão mais ainda a dar uma resposta após a derrota para os Estados Unidos”, disse o atacante Asamoah Gyan, um dos destaques de Gana na Copa da África do Sul.

Reservas na estreia, o volante Essien e o zagueiro Radish Sumaila, que nos últimos dias reclamaram de dores no pé, foram liberados pelo departamento médico ganês e devem ficar à disposição de Appiah. Já a Alemanha pode ter um desfalque: o zagueiro Hummels, que foi substituído por Mustafi contra Portugal após sentir uma lesão na coxa direita, viajou com a delegação para Fortaleza, mas segue como dúvida.

– De sangue quente –

Os Boateng têm o mesmo pai, mas no caráter são completamente diferentes: se o Jerome se destaca por sua discrição e tranquilidade, Kevin-Prince é de sangue quente, o que o leva a cometer excessos, também em suas declarações.

“Será como na Roma antiga. Tem pessoas nas arquibancadas que estarão lá para ver as duas equipes fazer a guerra. A equipe que ganhar será a que tiver mais força de vontade. Por isso daremos até a última gota de sangue contra a Alemanha”, disse.

Um discurso veemente demais, porém não é a primeira vez que provoca o país pelo qual nasceu.

Antes da Copa-2010 já criou polêmica ao estimar que na Nationalmannschaft faltavam “jogadores de caráter”, quando um dos jogadores com mais personalidade na Alemanha da época, Michael Ballack, não participou na África do Sul após ter sido lesionado por Kevin-Prince.

O então jogador do Portsmouth inglês detonou o tornozelo do alemão na final da Copa inglesa que o Chelsea ganhou, com uma entrada assassina.

“Tomei consciência naquela época de críticas públicas permanentes, um encarniçamento, que teria que colocar fim. Me concentrei muito mais em meu trabalho”, disse.

Jerome não tem se expressado em temos tão guerreiros como seu irmão, mas também não fica tão para trás assim: “No basquete, no ping-pong, no tênis ou no Playstation, sempre sou o melhor”.

Mesmo assim, mostra admiração por Kevin-Prince: “Não tem medo de nada, tem confiança de sobra em campo. Sempre vai para frente, inclusive quando as coisas não saem como ele quer. Depois de uma experiência desgraçada, volta rapidamente a ter bom humor”.

Quem ganhará entre os dois? Quem responde com mais certeza é o pai dos futebolistas: “Aconteça o que acontecer, eu é que sairei ganhando”, declarou Prince ao jornal TZ.

 

Texto e Foto: AFP

Edição: conmebol.com

 

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