<
>

Após desmanche do Atlético Nacional campeão da Libertadores, só um se deu bem; veja quem

Jogadores do Atlético Nacional posam para foto antes de decisão da Libertadores 2016 Getty Images

A chegada de Marlos Moreno ao Flamengo é mais uma transferência envolvendo um dos jogadores campeões com o Atlético Nacional em 2016.

A conquista da Copa Libertadores daquele ano chamou a atenção e atraiu o interesse de clubes de todo o mundo pelos principais jogadores da equipe verdiblanca.

Dentre os que mais atuaram na competição, apenas cinco permanecem: os zagueiros Daniel Bocanegra e Alexis Henríquez, o volante Diego Arias e os meias Macnelly Torres e Elkin Blanco.

Em contrapartida, o Atlético Nacional viu praticamente um time inteiro deixar o clube após o título. Já são 11 atletas que não vestem mais a camisa do clube: o goleiro Franco Armani, o zagueiro Davinson Sánchez, o lateral-esquerdo Farid Díaz, os volantes Alexander Mejía e Sebastián Pérez, o meias Alejandro Guerra e os atacantes Orlando Berrío, Andres Ibargüen, Jonathan Copete, Miguel Borja, além do próprio Marlos Moreno.

Apesar do destaque individual de todos os vendidos e da expectativa com cada um, praticamente todos tiveram dificuldades em desempenhar o mesmo futebol. Apenas um deles conseguiu repetir - e até superar - o que havia jogado com a camisa do Atlético Nacional.

Franco Armani - O goleiro é um dos maiores ídolos da história do Atlético Nacional. Foram sete anos no clube e 13 conquistas de títulos, se consagrando de vez no clube. No início do ano pediu para se transferir ao River Plate-ARG, e foi vendido por R$ 12 milhões.

Davinson Sánchez - De longe, Davinson Sánchez foi quem conseguiu mostrar sua qualidade após sair do Atlético Nacional, e até superar o desempenho anterior.

Alcançou a titularidade na defesa com somente 19 anos, mas a maturidade dentro de campo tirava qualquer dúvida relativa a sua idade. Veloz e preciso na marcação, já tinha acertada sua saída antes mesmo do final da Libertadores.

O Ajax-HOL pagou menos de R$ 20 milhões e viu o valor virar uma pechincha. Bastou uma temporada para o zagueiro se mudar para a Inglaterra após o Tottenham gastar R$ 158,1 milhões por sua contratação.

Chegou como reserva, mas já figura entre os titulares e atuou 23 vezes em metade da temporada, além de ser considerado uma das melhores contratações em 2017/18.

Farid Díaz - O lateral-esquerdo era um dos mais experientes da equipe e estava desde 2012 vestindo a camisa do Atlético. Com a idade avançada, decaiu de rendimento e um ano depois da conquista se transferiu ao Olimpia-PAR. Esteve em 12 jogos com a equipe paraguaia.

Alexander Mejía - Os principais momentos de destaque na carreira de Alejandro Mejía estão ligados ao Atlético Nacional. Foi essencial em sua primeira passagem, de 2012 a 2014, até se transferir ao Monterrey-MEX.

Seis meses praticamente sem jogar no México, o volante retornou por empréstimo ao Atlético e mais uma vez se deu muito bem. Foi o capitão na campanha da Libertadores, mas saiu logo em seguida para mais uma passagem no México, desta vez pelo León-MEX.

Apesar de ser mais utilizado no seu retorno ao futebol mexicano, Mejía não adquiriu o status que tinha em sua antiga equipe e busca por maior aproveitamento dentro de campo.

Sebastián Pérez - Revelado nas categorias de base do clube colombiano, Pérez era tido como uma das promessas do futebol colombiano. O jogador chamava tanta atenção que chegou a ser chamados para testes no Arsenal em 2013, e apesar de não ficar, foi elogiado pelo técnico Arsène Wenger. Pela seleção, esteve presente em convocatórias da seleção sub-20 e participou das Olimpíadas no Rio de Janeiro.

Mesmo com sondagens do futebol europeu, seguiu na América do Sul, mas parou na Argentina após o Boca Juniors-ARG pagar quase R$ 10 milhões.

A mudança se mostrou mais difícil do que o imaginado para o volante. O ritmo do futebol argentino complicou seus primeiros anos no time xeneize, e Pérez jamais conseguiu alcançar o posto como titular.

Alejandro Guerra - Mesmo sem ser titular absoluto, o venezuelano foi tão importante na campanha do título que foi eleito como o melhor jogador da Libertadores 2016. Ao fim do ano, foi contratado pelo Palmeiras com status para ser o principal responsável na armação e criação de jogadas.

Dentro de campo, porém, sofreu com a irregularidade apresentada pela própria equipe e alternou em momentos como titular e reserva. Com as chegadas de Lucas Lima e Gustavo Scarpa, a tendência é que Guerra seja visto como alternativa no banco.

Orlando Berrío - Forte e extremamente veloz, Berrío era uma das válvulas de escape do Atlético Nacional. Poucas vezes o jogador perdeu vaga no time titular e foi essencial na Libertadores. Não demorou muito para que chamasse atenção, e em janeiro de 2017 foi contratado pelo Flamengo por R$ 11 milhões.

Assim como na Colômbia, o atacante manteve a titularidade, mas não o mesmo nível. Foram seis gols em 46 partidas e uma grave lesão que custarão o primeiro semestre de recuperação.

Jonathan Copete - Copete demorou a engrenar até chegar ao Atlético Nacional em 2014. Com a camisa verdiblanca, foi um dos nomes importantes no setor ofensivo e, logo após o título, chegou ao Santos em um negócio de R$ 5 milhões.

Durante um ano e meio no clube paulista, viveu altos e baixos. Chegou a ser decisivo ao marcar gols importantes, mas também sofreu com as críticas da torcida.

Sem ser o que se esperava, tem grandes chances de sair do Peixe. Copete já tem salários acertados com o Atlético-MG e espera um desfecho positivo para se transferir.

Andrés Ibargüen - Ibargüen foi outro bastante utilizado por Rueda no ataque do Atlético Nacional. Contratado do Tolima-COL, ajudou com a equipe seja entrando como titular ou vindo do banco.

Um ano após o título, o Racing-ARG pagou R$ 12,9 milhões para ter o atacante, no mais caro negócio da história do clube argentino.

Porém, a passagem não durou sequer seis meses. Esteve em 11 partidas, mas foi substituído na maioria e fez três gols. No início de 2018 foi vendido ao América-MEX por menos do que quando contratado: R$ 13 milhões.

Miguel Borja - A ascensão de Borja foi meteórica. O atacante foi contratado para a fase semifinal da Libertadores e marcou cinco vezes em quatro jogos, levando o Atlético Nacional ao título. O desempenho foi tão bom nos seis meses seguintes que foi eleito o jogador da América do Sul ao final de 2016, e levou o Palmeiras a desembolsar R$ 33 milhões para o atacante ser a garantia de gols em 2017.

Na prática, tudo foi bem diferente. Foram apenas 10 gols em 43 jogos no último ano e um desempenho questionável durante o período. O jogador perdeu espaço na equipe e só teve mais chances já no fim do Brasileiro. A expectativa é de que após uma temporada de adaptação, consiga dar retorno em seu segundo ano no clube.

Marlos Moreno - 39 jogos como profissional. Bastou apenas um ano e meio jogando no elenco principal para que Marlos Moreno se tornasse titular e peça fundamental ao Atlético Nacional.

Com grande técnica, logo saltou aos olhos de interessados no mundo inteiro e o Manchester City-ING correu para acertar sua contratação por R$ 21,7 milhões. A intenção dos ingleses era dar rodagem no futebol europeu antes de aproveitá-lo, e por isso o emprestou ao Deportivo La Coruña-ESP.

Na Espanha, nem sombra do que demonstrava o potencial. Moreno teve sequência em La Coruña, disputou 23 jogos, mas não marcou um gol sequer. Em seguida chegou ao Girona-ESP, filial do City no país, e foram apenas quatro jogos sem balançar as redes.

Agora, Marlos Moreno chega ao Flamengo em busca de sequência para recuperar o ritmo de jogo e, principalmente, para voltar ao futebol mostrado de poucos anos atrás.