A polêmica em volta da marcação do pênalti que rendeu a classificação do Real Madrid sobre a Juventus, na última quarta-feira, ainda está viva, e muito.
O esloveno Aleksander Cederin, atual presidente da Uefa, considera que a hipotética presença do árbitro de vídeo na partida de volta das quartas de final da Champions League não teria mudado em nada o resultado final.
Convertida por Cristiano Ronaldo aos 48 minutos do segundo tempo, a penalidade marcada pelo juiz inglês Michael Oliver foi um dos tópicos de uma entrevista do mandatário da Uefa ao jornal italiano Gazzeta dello Sport.
''O que teria mudado? Nada. Há quem tenha visto o lance vinte vezes, eu o vi cinquenta. Para uma metade das pessoas segue sendo pênalti, e para outra metade não'', disse Ceferin sobre a falta cometida por Benatia sobre Lucas Vásquez.
A controversa decisão provocou ira nos jogadores da Juventus, especialmente no seu capitão, Gianluigi Buffon, que foi expulso após reclamar veemente da marcação, dizendo que o árbitro ''não tinha personalidade para atuar num jogo daquele tamanho''.
''O que (Buffon) disse não é correto, não deveria. Porém, partindo do ponto de vista de quem joga, entendo a frustração e a decepção de quem perde uma partida num pênalti aos 93'. Sente que perdeu uma chance, dá pra entender'', disse o presidente sobre a explosão do experiente arqueiro italiano.
Ceferin também respondeu sobre quando a Uefa planeja implementar o VAR em suas competições: ''De forma realista, na temporada 2019/20 poderemos o ter em ação na Champions League e na Europa League'', reconheceu.
O esloveno também confessou que teme pela acelerada implementação da tecnologia na Copa do Mundo da Rússia: ''Tenho um pouco de medo pelo Mundial; árbitros que nunca dirigiram uma partida com VAR vão ter que 'se virar', espero que não aconteçam escândalos ou problemas, concluiu.