“Chorão” de 2014, Thiago Silva recupera prestígio e prevê México “muito difícil” nas oitavas

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A Copa do Mundo 2018 representa a redenção do zagueiro Thiago Silva com a camisa da seleção brasileira. Há quatro anos, o carioca acabou marcado como o “chorão” no fracasso do Brasil no Mundial em casa. Na Rússia, o defensor de 33 anos recuperou a titularidade e o prestígio.

“Tenho tido um equilíbrio muito grande. Os jogos que vou fazendo vão dando confiança. Grupo tem equilíbrio e frieza nos momentos certos”, avalia o camisa 2 da seleção, que foi o capitão da equipe diante da Costa Rica (2 a 0).

O posto no time titular foi retomado pouco antes do início do torneio. Até então, Marquinhos era o preferido pelo técnico Tite para atuar ao lado de Miranda. A mudança ocorreu para o amistoso com a Croácia, vencido por 2 a 0, dia 3 de junho.

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Nas três partidas que fez no torneio, o “Monstro”, como já foi chamado, teve atuações seguras e precisas. Até então, recuperou 23 bolas, fez 14 cortes, cometeu apenas duas faltas e marcou o segundo gol na vitória que valeu a classificação sobre a Sérvia (2 a 0).

Para o duelo com o México, na próxima segunda-feira (2/7), às 11 horas, em Samara, Thiago Silva prevê um adversário perigoso: “Temos que estar bastante equilibrados. Time mexicano tem técnica e velocidades grandes, mostraram isso contra a Alemanha. Temos que nos preparar para o pior possível”.

O resgate do jogador é um dos méritos de Tite. Capitão do Brasil em 2014, Thiago Silva mostrou descontrole emocional ao chorar no confronto com o Chile, nas oitavas. Não jogou o 7 a 1 e, mesmo assim, terminou como um dos principais culpados pelo desastre no torneio.

Sucessor de Felipão, Dunga deixou o zagueiro de fora das convocações, especialmente após a eliminação na Copa América de 2015, quando Thiago Silva cometeu um pênalti infantil diante do Paraguai. Aos poucos, Tite o reintroduziu na seleção.

E a recuperação ocorrer justamente em Moscou ainda tem outro simbolismo para o jogador. Em 2005, quando era atleta do Dínamo, foi diagnosticado com tuberculose, chegou a ficar internado por quatro meses e ser desenganado para a prática do futebol.

Só com a chegada do técnico brasileiro Ivo Wortmann o panorama mudou. Thiago Silva foi receber tratamento de outro médico, o português Antônio de Almeida. Livre da doença, voltou para o Fluminense e deslanchou na carreira.

“Os piores momentos na minha vida pessoal foram aqui [em Moscou]. Agora na minha terceira passagem, tirando o amistoso, está sendo bem proveitoso. Não só em Moscou, mas na Rússia”, comentou o atleta.

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