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Eduardo Santos (de azul) mostrou muita garra, mas não foi o bastante para bater o suíço Sergei Aschwanden | Kim Kyung-Hoon / Reuters
Eduardo Santos (de azul) mostrou muita garra, mas não foi o bastante para bater o suíço Sergei Aschwanden| Foto: Kim Kyung-Hoon / Reuters

Eduardo Santos deu adeus ao sonho da medalha olímpica. Em um confronto bastante equilibrado, Eduardo foi derrotado pelo suíço Sergei Aschwanden pela decisão dos juizes na final da repescagem do judô peso médio dos Jogos Olímpicos de Pequim. Com a vitória, o suíço vai enfrentar na disputa da medalha de bronze o perdedor da semifinal entre o georgiano Irakli Tsirekidze e o russo Ivan Pershin.

Estréia recheada de ippons

Apesar de estreante em Jogos Olímpicos, Eduardo Santos vem mostrando muita personalidade nos tatames de Pequim. Com um judô bastante ofensivo, Eduardo soube aproveitar o lado mais fácil da chave, passando com certa tranqüilidade pelos seus dois primeiros adversários. Com dois ippons, primeiro sobre o chinês Yanzhou He e depois sobre o venezuelano José Camacho, Eduardo passou para as quartas-de-final, onde enfrentou o francês Yves-Matthieu Dafreville.

E o confronto foi polêmico, com Eduardo Santos chegando a ter um yuko a seu favor, mas que depois foi retirado pelos juízes laterais, que desconsideraram a queda aplicada. Mesmo assim, Eduardo ainda chegou ao empate faltando menos de dois minutos para o fim, quando Dafreville foi punido por falta de combatividade. Quando o brasileiro partia para cima para virar o placar, veio o golpe fatal. Primeiro, Dafreville aplicou uma queda conseguindo o wazari, depois foi para a imobilização, segurando o brasileiro por 25 segundos e conseguindo o ippon, que levou Eduardo para a repescagem.

Na estréia na repescagem, novo show. Desta vez, o adversário era o italiano Roberto Meloni, terceiro colocado no Mundial de Judô do Rio de Janeiro, em 2007. Apesar do nível do oponente, Eduardo não mudou seu estilo. Levou o judô ofensivo para dentro do tatame e, faltando 2m20s para o fim do combate, derrubou Meloni e conseguiu seu terceiro ippon nessa sua saga olímpica.

Paciência e superação para chegar a Pequim

Titular da seleção brasileira em Pequim, Eduardo Santos passou seis anos como reserva de estrelas do porte de Tiago Camilo, Leandro Guilheiro e Carlos Honorato. Foram duas mudanças de peso, do leve para o meio-médio e depois para o médio, para Eduardo chegar aos Jogos Olímpicos. Com a má fase do companheiro de equipe Carlos Honorato, Eduardo viu no início deste ano a possibilidade de chegar ao posto de titular.

No caminho, porém, Eduardo Santos tinha o desconhecido. Pela primeira vez, ele acompanharia a seleção brasileira em competições na Europa. Apesar de os resultados não terem sido tão bons, um sétimo lugar na etapa de Praga da Copa do Mundo fez com que ele vencesse o duelo pela vaga contra Hugo Pessanha.

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