Ele poderia ter evitado os 7 a 1: a história de Jorge Sampaoli em BH com Chile e Santos

Alexandre Simões
@alexsimoes
10/03/2020 às 07:33.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:53
 (Ivan Storti/Santos FC)

(Ivan Storti/Santos FC)

No último minuto do segundo tempo da prorrogação, o atacante Pinilla, que tinha entrado no lugar de Vidal no final do tempo normal do confronto, acerta o travessão do já batido goleiro Julio Cesar num confronto pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2014, no Mineirão, em 28 de junho. Se aquela bola do Chile, treinado por Jorge Sampaoli, entra no gol brasileiro, Dona Lúcia não precisaria escrever para Luiz Felipe Scolari, pois o 7 a 1 para a Alemanha, nas semifinais da competição, também no Gigante da Pampulha, não teria acontecido.

Essa é só uma passagem em Belo Horizonte do badalado treinador argentino, que a partir dessa segunda-feira iniciou no campo sua trajetória no Atlético, que será sua casa até o final do ano que vem.

Ele chega para substituir o venezuelano Rafael Dudamel, demitido pelo Galo após fracassos seguidos nas Copas Sul-Americana e do Brasil
Por falar em “casa”, a de Sampaoli na capital mineira já foi a Toca da Raposa II, centro de treinamento do rival Cruzeiro, utilizado pelo Chile na preparação e durante o Mundial de 2014. A Cidade do Galo, no mesmo período, estava abrigando a Argentina, que ele comandou também num Mundial, mas em 2018, na Rússia.

A estreia em gramados mineiros foi também num Brasil x Chile, que terminou empatado por 2 a 2, em 24 de abril de 2013, na primeira partida da Seleção Brasileira no Gigante da Pampulha após sua reinauguração.

E naquele jogo, um amistoso em que o time de Luiz Felipe Scolari se preparava para a Copa das Confederações, a equipe de Jorge Sampaoli sofreu gol do hoje seu comandado Réver.

Clube

No ano passado, dirigindo o Santos, o argentino voltou a trabalhar em Belo Horizonte. E o Peixe não conseguiu marcar gol. Empatou por 0 a 0 com o Atlético, em 15 de maio, jogo de ida das oitavas da Copa do Brasil, que teve o Galo como classificado com a vitória por 2 a 1, de virada, na volta, no Pacaembu.

Este confronto foi inclusive citado pela diretoria atleticana quando negociava com o treinador e ele falava da qualidade do elenco atleticano.
Em 18 de agosto de 2019, o então líder Santos perdeu para o Cruzeiro na partida que marcou a estreia de Rogério Ceni.

É verdade que a Raposa contou com a vantagem de jogar o tempo quase todo com um jogador a mais, pois o zagueiro Gustavo Henrique foi expulso logo aos três minutos de jogo por uma falta no atacante Pedro Rocha.

O outro 2 a 0 que Sampaoli levou em Belo Horizonte em 2019 foi do Atlético, em 20 de outubro, no Independência. E este confronto também teve o efeito início do jogo agindo contra o Peixe, mas dessa vez foi um gol do meia-atacante Luan, logo aos dois minutos, numa jogada em que a defesa santista bateu cabeça.

Expectativa

Agora, Jorge Sampaoli vai ampliar demais sua trajetória na capital mineira dirigindo o Atlético.

E a expectativa, após eliminações e derrotas como visitante, é construir uma nova história em sua casa.Ivan Storti/Santos FC 

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