Flamengo e Palmeiras foram os clubes que mais faturaram com premiações nos torneios da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) de 2016 a 2022, segundo números divulgados pela entidade. O Atlético aparece no top 10 e, dos dez que mais arrecadaram, seis são brasileiros.
A soma da Conmebol tem os valores pagos por colocações nas Copas Libertadores e Sul-Americana, além da Recopa, confronto anual que reúne os campeões dos dois torneios no ano anterior.
O Atlético, semifinalista em 2021, e duas vezes nas quartas de final no período, ganhou US$ 26,02 milhões (R$ 125 milhões). Campeão da Libertadores em 2019 e 2022, e vice em 2021, o Flamengo embolsou no período de sete anos US$ 69,76 milhões (R$ 335 milhões). É o líder da lista.
Já o Palmeiras, vencedor da Libertadores em 2020 e 2021, e semifinalista em 2018 e 2022, ganhou um pouquinho menos: US$ 69,45 milhões (R$ 333 milhões).
Na sequência aparecem River Plate-ARG, campeão da Libertadores em 2018, e vice em 2019, o Athletico, finalista no ano passado, e o Boca Juniors-ARG, vice em 2018.
Veja os dez clubes que mais faturaram com premiações nos torneios da Conmebol (2016-2022)
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Flamengo: US$ 69,76 milhões (R$ 335 milhões)
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Palmeiras: US$ 69,45 milhões (R$ 333 milhões)
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River Plate-ARG: US$ 49,55 milhões (R$ 238 milhões)
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Athletico: US$ 37,85 milhões (R$ 181,7 milhões)
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Boca Juniors-ARG: US$ 35,85 milhões (R$ 172 milhões)
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Independiente Del Valle-EQU: US$ 33,74 milhões (R$ 162 milhões)
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Grêmio: US$ 30,85 milhões (R$ 148 milhões)
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Nacional-URU: US$ 26,97 milhões (R$ 129 milhões)
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Santos: US$ 26,45 milhões (R$ 127 milhões)
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Atlético: US$ 26,02 milhões (R$ 125 milhões)
Mais dinheiro depois do Fifagate
A Conmebol usou o período de 2016 a 2022 para o levantamento porque engloba a gestão do atual presidente, Alejandro Dominguez, na sequência do escândalo de corrupção conhecido como “Fifagate”. Investigação da Justiça dos EUA detectou pagamento de propina a dirigentes das Américas por empresas de marketing esportivo para a compra de direitos comerciais e de transmissão de competições, entre elas a Libertadores. Dinheiro que deveria ir aos clubes, portanto, foi parar no bolso dos cartolas.
Dezenas de dirigentes foram presos em maio de 2015, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, acusados de corrupção - ele foi condenado pela Justiça norte-americana, em 2018, a quatro anos de prisão. Em 2020, no auge da pandemia de Covid-19, Marin foi liberado a voltar ao Brasil devido à idade avançada (87 anos à época).
A partir de 2016, a direção da Conmebol aumentou consideravelmente as premiações que são pagas aos clubes. Em 2014 foi liberado um total de US$ 71,2 milhões (R$ 341 milhões) a todos os clubes, quantia que se repetiu em 2015. Em 2016 o valor saltou 77%, para US$ 124,9 milhões (R$ 600 milhões) e, em 2022, estava em US$ 244,4 milhões (R$ 1,17 bilhão), incremento de quase 250% comparado a 2015. Em 2023, a previsão da Conmebol é distribuir US$ 301 milhões (R$ 1,44 bilhão).