O planejamento adotado por Mano Menezes é preservar os titulares na Série A para colocá-los em boas condições nos mata-matas. Conforme o treinador, o risco de queda na elite nacional só será diminuído de maneira significativa caso reste apenas essa disputa no calendário azul.
“Podemos começar a acabar com esse risco na terça-feira. Caímos fora da Libertadores, ganhamos mais datas e depois vamos jogar contra o Internacional. Posso sair fora da Copa do Brasil, vou ganhar mais datas ainda e sempre terei o time titular no Campeonato Brasileiro. Mas é isso que o torcedor do Cruzeiro quer? Não. Isso quem quer são os torcedores dos outros times”, declarou Mano, lembrando em seguida experiências anteriores no próprio clube para ressaltar a confiança na recuperação no Brasileiro.
“O risco existe? É o mesmo risco que existia de quando eu cheguei aqui pela primeira vez. Estava em 17º. O mesmo risco de quando cheguei pela segunda vez, mas um pouco pior, em 19º. E saímos. Saímos da mesma maneira que vamos tentar, com trabalho, entrega e inteligência, sair agora. Mas o risco existe, óbvio que existe”.
Por duas vezes, Mano ajudou o Cruzeiro a se livrar do descenso à Série B. Em 2015, ele conduziu a equipe do 15º lugar, na 22ª rodada (25 pontos), ao oitavo posto, ao término do Brasileiro (55 pontos). Em 2016, a façanha foi mais relevante, com a Raposa saltando da 19ª, na 16ª rodada (15 pontos), para a 12ª colocação, na 38ª (51 pontos).
Em 2017 e 2018, o comandante obteve, respectivamente, 5º e 8º posições, com 57 e 53 pontos. Por causa das campanhas confortáveis nessas edições da Série A, o Cruzeiro pôde preparar melhor seu grupo para faturar o bi consecutivo da Copa do Brasil. É isso que Mano Menezes almeja ao desejar rápida recuperação ao lateral-direito Edilson e ao armador Rodriguinho, além de contar com evolução técnica e tática de jovens como o lateral-direito Weverton, o zagueiro Cacá, o volante Éderson, o meia Maurício e o atacante Vinícius Popó.
“Precisamos recuperar rapidamente dois jogadores importantes que estão fora e encontrar algumas soluções para que a gente tenha no mínimo mais experiência. Os jogadores da base são muito qualificados, eu acredito muito deles. Mas você não passa impune colocando tantos jovens ao mesmo tempo num campeonato tão duro quanto o Brasileiro. Às vezes você vai jogar menos que o adversário, mas a experiência faz com que você não cometa deslizes como cometemos hoje na penalidade máxima. Então, é isso que vamos fazer”.
A expectativa é que a reação no Brasileiro comece o mais rápido possível, de preferência no clássico com o Atlético, às 19h de domingo, no Independência, pela 13ª rodada.
“Temos que solucionar isso. Claro que nos preocupa. Não mentimos para o torcedor e não queremos continuar assim. Temos que pontuar num percentual maior para diminuir essa pressão por estarmos nas últimas colocações. Temos condições de fazer isso. Vamos trabalhar para isso: nós aqui dentro e o clube lá fora”, encerrou Mano.
Depois do Atlético, o Cruzeiro terá compromissos no turno do Brasileiro contra Avaí (fora), Santos (casa), CSA (fora), Grêmio (casa) e Palmeiras (fora).
Na Copa Libertadores, o duelo de volta das oitavas de final, diante do River Plate, será às 19h15 desta terça-feira, no Mineirão. Na ida houve empate por 0 a 0, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
Já na Copa do Brasil, a equipe celeste enfrentará o Internacional em duas quartas-feiras: dias 7 de agosto, às 21h30, no Mineirão, e 4 de setembro, no mesmo horário, no Beira-Rio, em Porto Alegre.