Desabafo

'Não vou descansar enquanto não pôr ele na cadeia', diz mãe de Monique

Principal suspeito do assassinato da jovem pagou fiança de um salário mínimo e será solto; plástico usado para 'embalar' a vítima era de máquina de lavar comprada por Monique

Por Alice Brito, Pedro Nascimento e Vitor Fórneas
Publicado em 27 de fevereiro de 2023 | 18:36
 
 
 
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“Eu não vou descansar enquanto não pôr ele na cadeia”. O desabafo é da vendedora de cosméticos Simone Ferreira Costa, de 39 anos, ao comentar a decisão da Justiça de conceder liberdade a Luiz Gustavo Lopes Silva, de 27. O homem é apontado como o principal suspeito de matar a filha da vendedora, Monique Ferreira da Costa, de 21, embalá-la em plástico bolha e abandonar o corpo na BR-040.

Simone recebeu a equipe da Rádio Super 91,7 FM e concedeu entrevista exclusiva ao Patrulha da Cidade. Questionada sobre o sentimento diante da soltura do suspeito, ela afirma que “não sabe nem mais o que pensar”. “É muita revolta. Ele fez uma barbaridade”, disse emocionada.

Silva foi preso no último sábado (25) por fraude processual, pois no momento em que foi detido estava no apartamento de Monique, no bairro Industrial, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Desde o início do caso, Simone conta que desconfiava do envolvimento do homem.

 

 

“Eu sempre suspeitei que ele tinha feito algo com ela, pois a Monique sempre me ligava, respondia minhas mensagens e saía no carro dela. Eu ligava e ela não me atendia. A primeira vez que liguei para o Luiz e falei que estava preocupada, ele falou que a Monique estava passando mal e eu acreditei”, afirmou.

A vendedora de cosméticos relembrou que Silva disse que Monique estaria numa festa realizada por um amigo em comum. “Eu cheguei a pedir pra ele ligar pra esse amigo, mas ele falou que o conhecido deles já estava ‘doidão’. Achei estranho. Consegui o contato deste rapaz e ao conversar com ele fui informada que não tinha festa alguma e que ele estava dormindo”.

Monique foi estrangulada, “embalada” e o corpo desovado na BR-040. A mãe da vítima comenta que o plástico bolha usado pelo suspeito era da máquina de lavar que a filha tinha comprado. “Quando recebi a notícia de que tinham encontrado o corpo, já fazia três dias que eu a procurava. Eu andava o dia todo atrás da Monique desesperada. Ele a jogou como um lixo. Estou revoltada [com a decisão da Justiça de soltá-lo]”, desabafou.

A mãe da jovem contou que vem recebendo ajuda da advogada, que não está cobrando para atuar no caso. “Eu não tenho dinheiro. Fui contratar uma pessoa e me cobrou R$ 100 mil. Não tenho esse valor. Por isso, eu não vou desistir. A Tereza [Grossi] está me ajudando muito. Eu vou ter forças e vou até o fim. Ele foi solto, mas tenho certeza que será preso novamente”, concluiu.

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