Frederico Jota

Hulk, máquina de gols e recordes, já tem nome na história do Galo. E a seleção?

Ídolo da torcida atleticana, atacante é o maior destaque do futebol nacional e atuações de alto nível em um ano de Copa voltam a colocar o nome do jogador em debate

Por Frederico Jota
Publicado em 10 de abril de 2022 | 22:19
 
 
 
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Hulk tem pouco mais de um ano de Atlético, período suficiente para levantar cinco títulos e conquistar um espaço para poucos: o de ídolo de um clube popular no Brasil. Responsável direto pela quebra do jejum de títulos do Campeonato Brasileiro,  no ano passado, Hulk praticamente se apresentou para o futebol nacional em 2021. Quem se lembrava dele apenas pelos jogos com a camisa da seleção brasileira na década passada, marcada pela decepção na Copa de 2014, viu um craque com o qual não imaginavam.

O tempo foi suficiente para Hulk se transformar no maior artilheiro do Mineirão depois da reforma do estádio, para ser o maior goleador do Brasileirão, da Copa do Brasil de 2021 e do Mineiro de 2022. Fez gol na final da Supercopa e fez uma Libertadores muito boa em 2021 - terminou invicto, na semifinal, e como vice-artilheiro.

O profissionalismo exemplar, com cuidados que refletem em seu incrível desempenho em campo, aliado ao carisma natural, as conquistas e a forma como lida com os torcedores o transformaram em ídolo inquestionável e já no panteão dos maiores de todos os tempos na história alvinegra. Há quem diga que, no clube, é maior que Ronaldinho e que pode até superar Reinaldo.

Possíveis excessos ou exageros de lado, fato é que Hulk não só entrou nas seleções históricas de todos os torcedores (normalmente com Ronaldinho e Reinaldo do lado) como ajudou de forma decisiva no título que era o mais esperado pela torcida.

A tendência, por causa de sua dedicação, é que aumente os números incríveis e também a quantidade de taças na galeria de Lourdes. Tamanha qualidade, em ano de Copa do Mundo, reacende uma discussão: tem espaço na seleção brasileira? A possibilidade de um novo Mundial serviria ainda como mais um incentivo?

Se o atleticano pensar no complicado e discutível calendário do futebol brasileiro, vai torcer para que Tite nem cogite levar Hulk, que pode ficar de fora em jogos decisivos e na reta final da temporada, quando praticamente as últimas partidas do Brasileirão vão coincidir com o fim da preparação das seleções e com o início da Copa. Isso vale também para Guilherme Arana, para mim, um jogador que merece disputar o Mundial - ter ido para a Olimpíada fez bem demais para o jogador, mais leve e feliz não só com o ouro em Tóquio como com a chance de vestir a camisa da seleção.

Se uma seleção for formada por atletas em um bom momento, difícil pensar em nomes melhores. Até mesmo pela possibilidade de atuar em modelos diferentes de jogos que Hulk oferece. Em tempos de distância entre torcedores e seleção, ter um jogador do clube de coração na Copa serve até como uma possível reaproximação. Indo ou não para o Catar, uma conquista ele já tem: seu nome na história. E você, acha que Hulk deve ir ou não para a Copa?

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