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Copa das Confederações/Final

Brasil x Espanha: final dos sonhos no Maracanã

Para a mídia espanhola, o duelo entre Brasil e Espanha na final da Copa das Confederações neste domingo, no Maracanã, é a final dos sonhos de qualquer torcedor. O jogo começa às 19h na presença de 78 mil torcedores. Manifestantes ligados ao Comitê Popular da Copa já começaram a caminhar para um dos protestos marcados para este domingo no Rio de Janeiro. A polícia decidiu antecipar o cerco ao estádio e também acompanha o cortejo dos manifestantes.

Jogadores brasileiros no último treino da seleção antes da final com a Espanha, no Maracanã.
Jogadores brasileiros no último treino da seleção antes da final com a Espanha, no Maracanã. REUTERS/Paulo Whitaker
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A "Fúria Vermelha", como é chamada a equipe espanhola, encara a seleção brasileira treinada por Luiz Felipe Scolari como campeã do mundo, bicampeã da Europa e invicta há 29 jogos, de olho no único troféu que falta em sua coleção.

Nos jornais espanhóis deste domingo, os jogadores falam do sonho que representa uma vitória no Maracanã, o estádio mais famoso do mundo, "a casa do povo", como dizia Pelé. Em entrevista ao site esportivo Marca, Iniesta, ídolo dos espanhóis, afirma que vencer o Brasil em casa e ainda no Maracanã é o maior sonho de qualquer jogador de futebol e também do torcedor. Porém, respeitoso com os adversários, Iniesta lembra que a seleção brasileira é a mais poderosa do mundo, tanto por sua história quanto pelos grandes jogadores que passaram por ela.

Fernando Torres, que em junho de 2008 quebrou o jejum de 44 anos sem títulos para a seleção espanhola, marcando o gol da vitória sobre a Alemanha, na final da Eurocopa, diz que a Espanha deverá mostrar em campo esta noite todo o futebol que sabe jogar.

Do lado brasileiro, em coletiva no Maracanã, Scolari afirmou que "a seleção da Espanha é espetacular, mas também tem defeitos como qualquer outra e são esssas falhas que os brasileiros precisam saber explorar", disse o técnico. Para Scolari, jogar no Maracanã é um incentivo imenso e "chegou a hora" dos brasileiros conquistarem mais um título.

Enquanto isso, o técnico espanhol Vicente Del Bosque não se mostra muito preocupado em levar ou não mais um troféu para casa. Em entrevista ao jornal El Pais, o técnico, apreciado por sua educação e elegância, diz que a seleção brasileira "apenas aparenta jogar pouco, mas é muito poderosa". Del Bosque elogia Hulk, "um monstro que domina com força a bola", Oscar e laterais "muito bons", como Fred. "Tem também Neymar, mas o Brasil é maior que Neymar", opina o técnico. "Não devemos ter medo e acreditar em nossa identidade", conclui o espanhol dando a sua receita para a vitória.

Protestos

Os protestos programados nos arredores do estádio podem ofuscar a festa das torcidas se houver violência por parte da polícia ou de manifestantes exaltados. Cerca de 11 mil policiais, incluindo integrantes da PM, das polícias federal e civil e integrantes da guarda municipal, formam o perímetro de segurança em torno do Maracanã para garantir a tranquilidade do evento. A polícia convidou representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e procuradores federais e estaduais para monitorar o sistema de segurança.

"Somos contra a privatização do estádio e os despejos forçados em razão da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016", disse Renato Cosentino, porta-voz do Comitê Popular da Copa à agência de notícias AFP.

Antes da passeata, centenas de manifestantes preparavam faixas com frases tais como "Fifa, pague o transporte no Brasil", "O Maraca é nosso" ou "Até o fim da imunidade parlamentar". "Eu estou aqui por patriotismo, por mais educação, saúde e transporte, por menos futebol", disse Nelson Couto, de 69 anos, vestido de verde-amarelo da cabeça aos pés.

A presidente Dilma Rousseff, que foi vaiada no jogo de abertura da Copa das Confederações, no dia 15 de junho, em Brasília, tudo indica não vai ao estádio, o que causou surpresa ao presidente da Fifa, Joseph Blatter. A popularidade de Dilma Rousseff caiu de 57% a 30% desde a primeira semana de junho, impactada pelos grandes protestos nas ruas que exigiam melhores serviços e o combate da corrupção, segundo uma pesquisa do instituto Datafolha publicada neste sábado. O número de entrevistados que consideram o governo de Dilma "ruim ou péssimo" aumentou de 9% a 25% em relação à sondagem realizada nos dias 6 e 7 de junho. A queda de 27 pontos é a mais alta registrada para um presidente em exercício desde 1990, quando Fernando Collor de Mello ordenou a retenção da poupança dos brasileiros e acabou sofrendo um impeachment.

O holandês Bjorn Kuipers vai apitar o jogo. As possíveis equipes são:

Brasil: Julio César - Dani Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo - Luiz Gustavo, Paulinho - Hulk, Oscar, Neymar - Fred.

Espanha: Iker Casillas - Alvaro Arbeloa, Gerard Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba - Sergio Busquets - Pedro Rodríguez, Xavi Hernandez, Andres Iniesta, David Silva - Fernando Torres.

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