Afastada da Seleção de boxe, Adriana Araújo sonha defender Brasil de novo
Sete vezes campeã pan-americana, uma vez campeã sul-americana, além de ser a única mulher a conquistar uma medalha olímpica, após o bronze nos Jogos de Londres, em 2012. Tudo isso deveria credenciar Adriana Araújo para a seleção brasileira. Entretanto, a pugilista está afastada da equipe desde abril, após ter feito críticas públicas contra a Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), apesar do presidente da entidade, Mauro José da Silva, ter alegado que a atleta teria se apresentado muito acima do peso de sua categoria (até 60 kg).
Um ano e três meses depois das Olimpíadas de Londres, a seleção brasileira disputou quatro competições oficiais e não obteve nenhum resultado expressivo. Já Adriana perdeu o salário da CBBoxe, além do incentivo do Governo Federal para atletas olímpicos. A atleta admite ter se arrependido da forma como criticou a Confederação e quer pedir desculpas para Mauro José da Silva.
- Eu me arrependo de ter usado a mídia para expressar a mágoa que estava sentindo. Pediria desculpas a ele pessoalmente. Tanto eu estou perdendo, como a Confederação está perdendo. A vida tem que seguir para ambas as partes. Me arrependo da atitude que tive de ter colocado realmente tudo no ventilador. Acho que ali não era a forma certa que eu tinha para expressar a magoa, o sentimento ruim que tinha dentro de mim. Deveria ter conversado pessoalmente com o presidente. Me arrependo sim de ter feito isso - afirmou Adriana.
No próximo ano será disputado o Mundial de boxe e em 2016 os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E Adriana Araújo já sonha com o momento de voltar a disputar uma competição pela seleção brasileira.
- Nós sabemos o duro que damos para representar o nosso país e hoje você se ver passando pela situação que estou passando, não tem como não se emocionar. Amo o que faço, amo boxe independente de qualquer coisa e, graças a Deus, sempre tive amor pelo meu país. Quero continuar representando meu país. Vai ser mais um momento único na minha vida. Tive um momento único em Londres, em 2012, e tenhio certeza que será mais um quando disputar outro torneio pela seleção novamente - concluiu.
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