Em 2003, duas jovens promessas despontavam na natação brasileira: Thiago
Pereira e Lucas Salatta. Os dois se alternavam nos recordes das provas
de medley e eram apontados como apostas para o futuro. Em pouco tempo,
Thiago já era finalista olímpico, enquanto Salatta não demonstrava
melhoras. O paulista ainda conseguiu bons resultados, participou das
Olimpíadas de Pequim-2008 e do Mundial de Roma, em 2009. Desde então,
Lucas viveu um inferno astral, que terminou na quinta-feira 4, quando
nadou os 200m borboleta do Troféu José Finkel, em 1m53s75. A marca o
colocou na equipe brasileira que vai disputar o Mundial em piscina
curta, em Doha, no Catar, em dezembro. Para ele, foi um renascimento.
- Acredito que seja um recomeço. Desde janeiro, eu tinha na minha cabeça que eu queria voltar para seleção esse ano. É o primeiro passo para disputar as Olimpíadas de 2016 - disse o atleta, hoje no Unisanta.
- Acredito que seja um recomeço. Desde janeiro, eu tinha na minha cabeça que eu queria voltar para seleção esse ano. É o primeiro passo para disputar as Olimpíadas de 2016 - disse o atleta, hoje no Unisanta.
Nos últimos quatro a anos, Salatta passou por uma cirurgia no ombro
e trocou de clube cinco vezes. A consequência foi ter estagnado. O tempo
foi passando, e o nadador chegou a pensar em abandonar a carreira, já
que seu corpo não correspondia mais às suas vontades.
- Eu
pensei em me aposentar, mas não consegui. Pensei várias vezes em parar,
mas tive muito apoio da família e dos amigos. A vontade de competir
voltou, e eu lembrei de como é boa a sensação de você nadar e alcançar
um bom resultado - disse o atleta de 27 anos.
A versatilidade
sempre foi o trunfo de Salatta. Seu caminho na seleção começou a ser
traçado nas provas de medley, mas a partir de 2006 sua especialidade
passou a ser os 200 costas. Nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro,
em 2007, conquistou o bronze nesta prova, além de ter ajudado a seleção a
conquistar o ouro no revezamento 4x200m livre. Em 2009, mudou seu foco e
passou a treinar para os 200m borboleta, prova que fez o índice para o
Mundial de Doha, e que garante ter se encontrado:
- Minha prova é a de borboleta. Meus melhores resultados foram nos 200m, mas também quero ir bem nos 100m - disse o nadador.
Em
Doha, Salatta competirá seu quarto Mundial em curta. Em 2004, fez parte
do time do 4x200m medalha de bronze em Indianápolis, nos Estados
Unidos. Dois anos depois, foi finalista nos 400m medley e no 4x200m. Sua
última aparição no torneio foi em 2008, quando terminou em
oitavo os 200m costas. Ressurgindo das cinzas, o nadador sonha com o
pódio na Ásia.
Foto: Sátiro Sodré
Fonte: Globoesporte.com
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