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Nova Zelândia e Austrália estreiam com vitória na abertura da Copa do Mundo Feminina de Futebol

Hannah Wilkinson decidiu o confronto diante da Noruega ao concluir uma belíssima jogada coletiva. Foto: Marty Melvill (AFP)

O dia 20 foi de comemoração para as duas seleções anfitriãs. Neozelandeses e australianos celebraram os três primeiros pontos de suas equipes nacionais nesse mundial já neste dia inaugural da competição. Tudo isso com boa dose de emoção e através do placar mínimo.


Grupo A - Nova Zelândia 1x0 Noruega

A Nova Zelândia fez valer o mando de campo e conseguiu a sua primeira vitória na história das Copas do Mundo. O 1x0 contra a Noruega foi conquistado de forma merecida, já que as donas da casa desde o início se mostraram a seleção com maior iniciativa ofensiva.

Os 42.137 torcedores, nesse que foi o maior público da história de um jogo de futebol no país, viram um time local com postura totalmente diferente daquela vista em amistosos passados. A confiança e a concentração foram outros pontos que chamaram a atenção.

Jacqui Hand e Hannah Wilkinson fariam a diferença no lance do gol, marcado aos três minutos da etapa final após bela trama. Além disso, a dupla ajudaria no momento da marcação. Essa postura agressiva, aliás, marcaria a sólida atuação neozelandesa durante todo o confronto.

Assim, outros destaques foram notados durante o confronto. Especialmente Ria Percival e Malia Steinmetz, de postura admirável na marcação pelo centro do campo. As defensoras também se mostraram praticamente impecáveis durante os 90 minutos.

Isso serviu para atrapalhar uma pouquíssima inspirada e lenta Noruega, que não conseguiria acionar suas principais atletas com boa frequência durante a partida. Caroline Graham Hansen e Ada Hegerberg até tentaram, mas a Nova Zelândia marcou forte e com muita organização.

O talentoso meio campo formado por Ingrid Engen, Guro Reiten e Frida Maanum foi tão discreto quanto a dupla acima, o que impediu uma reação das nórdicas mesmo tendo uma seleção com maior recurso técnico do que a rival.

E poderia ter sido ainda pior para a Noruega. Ria Percival teve a chance de ampliar o marcador para as neozelandesas aos 44 minutos da etapa final. Em pênalti assinalado com ajuda do VAR, a meio campista até bateu bem, mas viu a bola tocando o travessão e saindo.

As duas seleções retornam ao campo na próxima terça-feira (25). Às 2h30, as anfitriãs recebem Filipinas. 5h, a Noruega buscará recuperação diante da Suíça. Lembrando que ambos os horários estão de acordo com o de Brasília.


Grupo B - Austrália 1x0 Irlanda

A Austrália superou a Irlanda e também a baixa importantíssima de Sam Kerr às vésperas da estreia e conseguiu seus primeiros pontos na Copa. Foto: @TheMatildas (Twitter)

Já pelo Grupo B, a Austrália estreou com vitória de uma valente Irlanda. As donas da casa encontraram muitas dificuldades para impor o seu estilo de toque de bola diante de uma adversária que se mostrou extremamente eficiente em fechar espaços.

O que pesou para o rendimento abaixo do esperado por parte das australianas certamente foi a ausência de Sam Kerr. Capitã e referência da equipe, a atacante do Chelsea não foi a campo por conta de um problema na panturrilha.

Sem sua estrela, as Matildas demonstraram uma dificuldade enorme em construir jogadas. Caitlin Foord, Mary Fowler e Hayley Raso até tentavam algo de diferente, mas esbarravam em uma marcação dupla e por vezes tripla das irlandesas.

Outro ponto que chamou a atenção foi a pouca participação das laterais. A normalmente muito ofensiva Ellie Carpenter teve poucos lances de vitória pessoal contra o bem posicionado lado canhoto adversário.

Já a Irlanda até conseguia bons movimentos em contra-ataque, mas esbarrava especialmente no baixo número de atletas dispostas no campo ofensivo. Denise O’Sullivan foi destaque nessa etapa pela mobilidade no centro do campo e o alto índice de acerto de passes.

O desafogo acabaria vindo aos sete minutos da etapa final. Marissa Sheva cometeu pênalti bobo sobre Hayley Raso após cruzamento gerado pelo lado esquerdo de ataque. A capitã Steph Catley cobrou muito bem e abriu o marcador a favor das donas da casa.

Aos poucos, a Irlanda passou a sair mais e incomodou. Especialmente após duas trocas que deixaram a equipe com um maior poderio ofensivo pelos lados do campo. Mas, apesar de assustar a meta defendida por Mackenzie Arnold, o placar mínimo se manteria.

Outro motivo de comemoração foi o público. 75.784 pessoas se fizeram presentes em Sydney, alcançando assim uma marca expressiva já na fase de grupos do mundial. Há de se destacar também o alto número de irlandeses que acompanharam a estreia do país em Copas.

Ambas as seleções retornam a campo na próxima semana. Na quarta-feira (26), a Irlanda enfrenta o Canadá (às 9h). Já as Matildas tentarão encaminhar a classificação no confronto contra a Nigéria (a ocorrer na quinta-feira às 7h). Sempre no horário de Brasília.

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