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Agarrões impunes de tunisianos em inglês Kane ampliam polêmica sobre VAR na Copa do Mundo

19 jun 2018 - 09h56
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A visão de zagueiros da Tunísia derrubando o atacante inglês Harry Kane na área sem punição durante partida do Grupo G da Copa do Mundo, na segunda-feira, provocou novas dúvidas sobre a validade do árbitro de vídeo (VAR).

Inglês Harry Kane e tunisiano Yassine Meriah 18/06/2018   REUTERS/Gleb Garanich
Inglês Harry Kane e tunisiano Yassine Meriah 18/06/2018 REUTERS/Gleb Garanich
Foto: Reuters

Ferjani Sassi segurou Kane com os dois braços e o derrubou no final do primeiro tempo quando o atacante, que marcou os dois gols da vitória inglesa de 2 x 1, tentava receber uma cobrança de escanteio.

Yassine Meriah voltou a agarrar Kane no segundo tempo para impedi-lo de se mover dentro da área de pênalti.

Embora o árbitro Wilmar Roldan possa ser desculpado por não ver os incidentes em uma área lotada, eles deveriam ter sido flagrados pelo árbitro de vídeo sentado em um estúdio com vários monitores, de acordo com Mark Clattenburg, que apitou a final da Euro 2016.

"A noite passada mostrou uma grande inconsistência do árbitro e da equipe de arbitragem de vídeo. O árbitro não estava vendo o incidente --o que é normal, muita coisa acontece nos escanteios-- mas o VAR não conceder um pênalti à Inglaterra foi errado. Foi um pênalti claro", disse Clattenburg.

"No restante do torneio a Fifa precisa pensar em quando intervirá", acrescentou. "Vimos várias decisões boas, mas a tolerância com faltas claras e óbvias parece muito alta".

Na segunda-feira, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) questionou a Fifa por que o VAR não foi usado para rever o gol da Suíça no empate de 1 x 1 de domingo com o Brasil, quando ficou claro que Steven Zuber empurrou o zagueiro Miranda antes de cabecear.

Ver jogadores se atracando nas cobranças de escanteio se tornou comum no futebol, mas segundo Graham Poll, ex-árbitro da Fifa, é um dos problemas que o VAR foi adotado para combater.

"Uma das coisas que a Fifa disse que tentaria impedir nesta Copa do Mundo é que os zagueiros ignorem a bola em jogas ensaiadas para meramente segurar ou bloquear os oponentes", disse ele ao jornal Daily Mail.

"As faltas foram tão claras que fiquei surpreso, e decepcionado, por o árbitro brasileiro Sandro Ricci, presente no estúdio VAR em Moscou, não se envolver. É para isso que ele está lá", disse. "Ricci não tê-lo feito foi ainda mais surpreendente dado que ele havia concedido um pênalti como árbitro de campo na partida entre Croácia e Nigéria no sábado à noite exatamente pela mesma falta".

"Felizmente o resultado não foi afetado, mas Pierluigi Collina, o chefe de arbitragem da Fifa, deve conversar com o árbitro e com os operadores do VAR para que estas irregularidades na área de pênalti sejam punidas no futuro".

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