/images.terra.com/2015/04/24/logoselecao-espanha.png "Logo do Seleção Espanhola")
Exclusivo: Villa relembra "pai tiete" e sonho de ser goleador
Se contar com um goleador é uma condiçao quase essencial para falar de um grande time de futebol, então a Espanha pode se gabar de ter um dos melhores. Com 53 gols em 88 jogos, David Villa é muito mais que o "homem-gol" da equipe ibérica: é o maior artilheiro dos mais de 90 anos de existência da seleção. "A posição de artilheiro é a que eu sempre preferi, desde criança", diz ele ao Terra, em entrevista exclusiva.
"Jogávamos nas praças, com os bancos servindo de gols e tudo mais. Sempre gostei de marcar gols, estar perto da área", conta o asturiano de 32 anos, que deu seus primeiros passos no Sporting Gijón e logo passou pelo Zaragoza e pelo Valencia. Hoje, atua no Barcelona.
Relembrando suas origens, "El Guaje" - apelido de Villa, que significa "O garoto" em asturiano, seu dialeto natal - abre um sorriso ao falar de seus primeiros contatos com uma bola. E aponta para o grande responsável por criar essa relação: seu pai, José Manuel.
"Eu sempre estava com uma bola, porque meu pai me cuidava muito bem e queria que eu tivesse uma. Ele nunca faltou a um treinamento nem a uma partida. Quando ainda trabalhava, trocava os turnos para poder me ver treinar. E não só para poder me levar, também para assistir ao treino. Ele gostava de estar lá", diz o artilheiro da Espanha na Copa de 2010, com cinco gols.
Na hora de escolher modelos ou ídolos, Villa não hesita em mencionar dois nomes. "Luis Enrique e Juanele. Peguei esses dois um pouco como referência na minha carreira". Com Luis Enrique, ex-meia do Barcelona, não teve chance de jogar junto, mas conseguiu com o ex-atacante Juanele. "Com ele, tive a sorte de coincidir nos seus últimos anos de Zaragoza", lembra Villa, que fez 38 gols e conquistou dois títulos em duas temporadas na equipe.
O rosto do atacante parece se iluminar quando ele se refere ao que denomina "um tesouro": suas primeiras chuteiras. "Para qualquer criança, é como um tesouro. Quando você joga com seus amigos de chinelo, você se diverte. Mas quando você tem chuteiras é outra coisa, você se sente um futebolista", afirma.
E se "foge" da proposta de dar conselhos às crianças que querem se tornar jogadores de futebol, Villa pelo menos adverte: "que amem esse esporte, que é precioso e maravilhoso. É um hobby, mas que pode se tornar uma profissão muito bonita, onde você vive momentos que nem imagina".
