Luiz Felipe Scolari se antecipou em alguns meses e declarou que o goleiro Júlio César, embora esteja atualmente na segunda divisão do Campeonato Inglês, está confirmado na Seleção Brasileira para a disputa da Copa do Mundo de 2014. Mas o volante Hernanes, integrante do grupo verde-amarelo, não vê desta forma. Para ele, as 23 vagas do time de Felipão ainda estão abertas e todos os atletas precisarão justificar, dia após dia, que merecem a convocação.
“As palavras o vento leva, então temos que esperar os nomes saírem no papel”, declarou Hernanes, em entrevista ao Terra. “Nós da Seleção entendemos de outra maneira. Não acho que já esteja carimbado. É uma grande porcentagem, mas ainda não é 100%”, acrescentou.
Hernanes, que atualmente defende a italiana Lazio, foi ainda mais além na comparação e utilizou uma metáfora para explicar o dinamismo no universo futebolístico. “No futebol tudo é como bolha de sabão: se você não tiver um extremo cuidado, as coisas que pareciam ser já não são mais”, filosofou.
O meio-campista acredita que ele mesmo deve se inspirar no “exemplo” da bolha de sabão para seguir em alta no grupo de Felipão. “Preciso continuar trabalhando todos os aspectos. Só quando sair a lista final e meu nome estiver lá é que vou ter a certeza de disputar a Copa. Por enquanto temos que trabalhar”, reforçou o jogador, que briga para conquistar um posto no time titular.
Na primeira Copa, em 1930, vencida pelo Uruguai (foto), um árbitro brasileiro protagonizou uma das primeiras lambanças da história: Gilberto de Almeida Rego terminou o jogo Argentina 1 x 0 França, pela primeira fase, seis minutos antes do tempo regulamentar
Foto: AP
A Alemanha venceu a Hungria por 3 a 2 na final da Copa de 1954 (foto), em um dos resultados mais inesperados da história. O astro húngaro Puskas chegou a marcar o gol de empate faltando quatro minutos para o fim, mas o lance foi invalidado por um impedimento inexistente
Foto: Getty Images
Na Copa de 1962, uma dupla trapalhada da arbitragem favoreceu o Brasil na vitória por 2 a 1 sobre a Espanha. O lateral Nilton Santos (foto) derrubou um espanhol dentro da área, mas depois deu um passo para fora, e o juiz marcou falta ao invés de pênalti. Após a cobrança, o naturalizado Puskas marcou de bicicleta, mas o gol foi anulado sem motivo aparente - a única explicação seria jogo perigoso do atacante
Foto: AP
Um dos mais famosos erros de todos os tempos: na final da Copa de 1966, o terceiro gol da Inglaterra nasceu de um chute de Hurst que bateu no travessão, quicou sobre a linha e não entrou completamente. O árbitro validou o gol, e os ingleses superaram os alemães por 4 a 2
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O time de El Salvador (foto) foi a novidade da Copa de 1970, e sofreu com a má arbitragem na derrota por 4 a 0 na estreia diante do México. O primeiro gol, marcado por Valdivia, nasceu de uma falta a favor dos salvadorenhos - o mexicano Padilla foi "malandro" e cobrou a infração como se tivesse sido marcada a favor de seu time, e o juiz deixou o jogo seguir
Foto: AP
O Brasil estreou na Copa de 1978 com um empate por 1 a 1 diante da Suécia, em jogo que ficou marcado por uma "maluquice" do árbitro galês Clive Thomas: ele anulou um gol de cabeça de Zico (foto) feito no último lance, alegando que terminara o jogo enquanto a bola estava viajando no ar após a cobrança do escanteio
Foto: AP
Na famosa derrota por 3 a 2 do Brasil para a Itália, na Copa de 1982, um lance poderia ter mudado a história do jogo: Zico recebeu passe dentro da área, armou o chute e teve a camisa puxada pelo zagueiro Gentile, mas o pênalti não foi marcado - apesar de o puxão ter sido tão forte que causou um imenso rasgo na camisa do brasileiro
Foto: Getty Images
Outra decisão inacreditável da arbitragem aconteceu na semifinal da Copa de 1982, entre Alemanha e França. O goleiro alemão Schumacher saiu de forma maldosa e atingiu violentamente o francês Battiston, que perdeu a consciência e precisou sair de maca. Mas o juiz nem falta marcou
Foto: AFP
Nas oitavas de final da Copa de 1986, a Bélgica eliminou a União Soviética em um jogo emocionante, definido por 4 a 3 na prorrogação. Mas os dois gols belgas no tempo normal foram marcados em posição de impedimento - o segundo, de Celeumans, foi claríssimo, com o jogador mais de 3 metros à frente da defesa soviética
Foto: Getty Images
Outra trapalhada clássica da arbitragem em Copas do Mundo: em 1986, nas quartas de final entre Argentina e Inglaterra, Maradona usou a mão para vencer o goleiro Shilton pelo alto e marcar o primeiro gol dos sul-americanos. Depois, o "gol do século" do camisa 10 garantiria a vitória argentina por 2 a 1
Foto: Getty Images
Nas quartas de final da Copa de 1994, entre Espanha e Itália, o zagueiro Tassotti acertou uma cotovelada e quebrou o nariz de Luis Enrique dentro da área. Mas o árbitro não marcou pênalti, e os italianos eliminaram os espanhóis por 2 a 1
Foto: Getty Images
Um dos pênaltis mais escandalosos não marcados na história das Copas aconteceu em 1994, nas oitavas de final entre Alemanha e Bélgica. O belga Weber foi derrubado por trás quando estava na cara do gol nos minutos finais do jogo, mas o juiz mandou o lance seguir, e os alemães triunfaram por 3 a 2
Foto: Getty Images
Na Copa de 2002, o jogo entre Coreia do Sul e Espanha entrou para a história das más arbitragens. O trio de arbitragem anulou dois gols legítimos dos espanhóis - no segundo, de Morientes, a alegação foi de que a bola teria saído pela linha de fundo antes de ser cruzada, coisa que claramente ficou longe de acontecer
Foto: Getty Images
Outra lambança na Copa de 2002 aconteceu nas quartas de final entre Alemanha e Estados Unidos, quando o alemão Frings salvou em cima da linha, com a mão, um gol certo dos americanos. A seleção europeia venceu por 1 a 0
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Copa do Mundo de 2002, estreia do Brasil contra a Turquia, jogo difícil e empate por 1 a 1. Até que Luizão foi derrubado um metro fora da área, e o juiz Kim Young-Joo marcou pênalti, convertido por Rivaldo, e ainda expulsou o turco Alpay
Foto: Getty Images
Outra "ajudinha" ao Brasil na Copa de 2002 aconteceu nas oitavas de final, na vitória por 2 a 0 sobre a Bélgica. Com o jogo empatado, o belga Wilmots subiu mais alto que Roque Júnior e cabeceou para as redes de Marcos, mas o árbitro Peter Prendergast marcou uma falta de ataque que só ele viu
Foto: Getty Images
O juiz inglês Graham Poll conseguiu a proeza de dar três cartões amarelos para o mesmo jogador na Copa de 2006. No empate por 2 a 2 entre Croácia e Austrália, na primeira fase, o croata Simunic só foi expulso após levar o terceiro cartão. Poll se aposentou após o jogo
Foto: Getty Images
Na Copa de 2010, um erro no jogo das oitavas de final entre Alemanha e Inglaterra motivou a Fifa a adotar a tecnologia na linha do gol. O inglês Lampard chutou, a bola tocou no travessão e quicou dentro do gol, mas a arbitragem não viu. No final, os alemães golearam por 4 a 1
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Nas oitavas de final da Copa de 2010, a Argentina venceu o México por 3 a 1. Mas o primeiro gol dos argentinos foi claramente irregular: Messi levantou na área para Tevez, que mandou para as redes completamente impedido, sem nenhum mexicano entre ele e a linha de fundo
Foto: Getty Images
Outro gol irregular na Copa de 2010 aconteceu na vitória do Brasil na primeira fase sobre a Costa do Marfim, por 3 a 1. Luís Fabiano usou o braço para dominar a bola duas vezes na jogada em que chapelou dois marfinenses antes de mandar para as redes da seleção africana
Foto: Getty Images
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