Contusão tira medalhista Leandro Guilheiro do Bolsa Pódio
A grande surpresa no anúncio dos 27 judocas contemplados com o Bolsa Atleta Pódio, na tarde desta quinta-feira, no Maracanãzinho, pelo Ministério do Esporte, foi a ausência de Leandro Guilheiro, na relação de contemplados com o benefício.
Dono de duas medalhas olímpicas (bronze nos Jogos Olímpicos Atenas-2004 e Pequim-2008) e de outras duas em Mundiais de Judô (prata em Tóquio -2010 e bronze em Paris-2011), Guilheiro era o líder do ranking mundial da categoria até 81 kg até 2012. Atualmente o atleta não figura entre os 20 primeiros colocados da sua categoria.
Após uma performance abaixo do esperado nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, em que ficou em sétimo lugar, o judoca de 30 anos, tirou um tempo para descansar. Em março deste ano, no começo da temporada, quando voltava aos treinamentos, rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito, e ainda se recupera da contusão.
O presidente da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), Paulo Wanderley, foi questionado pelos repórteres o motivo de Guilheiro não estar relacionado no benefício, mas o dirigente preferiu que o coordenador técnico da confederação, Ney Wilson, respondesse a questão.
"O primeiro critério do projeto é que sejam contemplados os 20 primeiros do ranking. Quando começamos o processo, tínhamos 29 nomes. Mas o ranking é dinâmico, muda bastante. Ganha-se e perde-se pontos a cada competição. Com essa dinâmica, na data que definimos os 27 atletas, o Leandro Guilheiro não estava entre os 20 primeiros, já que havia parada após a Olimpíada e se contundiu no início da temporada, perdendo pontos e não podendo participar do Mundial", justificou Wilson.
De acordo com o secretário de alto rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, o Bolsa Pódio, tem um ranking dinâmico. Atletas podem entrar, sair e também variar dentro das faixas de valor pago, que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil. Por isso, o medalhista poderá entrar na relação, assim como um atual campeão mundial ou olímpico pode cair de rendimento, e ser excluído do projeto.
"A Bolsa Pódio premia o resultado. É complementar ao Bolsa Atleta, em que o atleta de nível olímpico recebe mais de R$ 3 mil por mês por quatro anos, e só perde se deixar de competir” disse Leyser.
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