Palmeiras na semifinal da Libertadores com Abel afirmando Scarpa e Rony

O Palmeiras cumpriu a missão de chegar às semifinais da Libertadores. Aproveitando os cruzamentos mais tranquilos dispostos no sorteio, mas com desempenho e resultados condizentes com esta superioridade sobre Delfín e Libertad.

Contra o time paraguaio era esperada uma maior dificuldade e o primeiro tempo em Assunção deixou isso claro, sofrendo dez finalizações e sofrendo demais. No Allianz Parque, a chance perdida por Sebastián Ferreira, finalizando livre para grande defesa de Weverton também na primeira etapa, não poderia ser desperdiçada em confronto com o time de melhor campanha no torneio continental.

O Palmeiras de Abel Ferreira abria o campo com os laterais Marcos Rocha e Viña e tentava formar triângulos: pela direita com Gabriel Menino e Verón, à esquerda com Gustavo Scarpa e Rony, que abria espaços saindo da referência. Mas foi quando trabalhou bem por dentro, aproximando Rony, Verón e Raphael Veiga, a sexta assistência do camisa 11 para o chute forte de Scarpa abrindo o placar e o caminho da classificação.

O Libertad não saía do seu 4-4-2 engessado, tentando trocar passes até levantar na área para a dupla de atacantes. E tinha dois jogadores tresloucados e violentos: o volante Cáceres e o lateral esquerdo Piris. Ambos saindo para dar botes inconsequentes e fazendo faltas insanas ou deixando buracos entre os setores.

O lateral Piris foi expulso por pontapé em Veiga e Cáceres fez mais uma saída descoordenada, com o time já com um homem a menos e reorganizado num 4-4-1, abrindo uma cratera que fez a bola chegar rapidamente a Marcos Rocha e deste para Rony, marcando seu quarto gol no torneio e encaminhando a classificação.

Mas sem abrir mão do ataque, uma característica do novo Palmeiras com Abel. Assim como a capacidade de recuperar jogadores criticados pela torcida e praticamente descartados por Vanderlei Luxemburgo. Confirmando a impressão de que o elenco não era frágil, mas subaproveitado.

No final, um susto em erro de Marcos Rocha, mas corrigido ao salvar o gol já com Weverton batido. Compensado, porém, pelo contragolpe bem trabalhado, com assistência de Scarpa e gol de Menino. O 29º do melhor ataque da Libertadores. Que finalizou 22 vezes, 12 no alvo. Doze também de dentro da área. Com 60% de posse e 84% de efetividade nos passes. Superioridade incontestável no jogo e no confronto, apesar dos complicados 45 primeiros minutos na ida.

Um alerta para o provável confronto com o River Plate. Mas o Palmeiras caminhou seguro pelo "atalho" e agora está a dois jogos da final no Maracanã. Méritos de Abel e de um elenco que enfim produz o que se espera dele. Scarpa e Rony provaram mais uma vez que qualidade para a média do país e do continente nunca faltou.

(Estatísticas: SofaScore)