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Eleitos melhores do Brasileirão, árbitros disputam vaga na Copa do Mundo

Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio - Robson Mafra e Thiago Ribeiro/AGIF
Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio Imagem: Robson Mafra e Thiago Ribeiro/AGIF

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

13/04/2022 04h00

Classificação e Jogos

Além dos jogadores na disputa por uma vaga na seleção, os meses que antecedem a Copa do Mundo de 2022 também envolvem ansiedade em alguns árbitros para saber se estarão em ação naquela que é a principal competição do planeta. A Fifa ainda não bateu o martelo sobre os brasileiros, mas Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio são os que têm participado com periodicidade dos cursos visando à participação no Qatar.

Wilton é da Federação Goiana, tem 40 anos e já esteve no Mundial da Rússia, em 2018, como árbitro de vídeo, enquanto Sandro Meira Ricci foi escalado para atuar no campo. Sandro está aposentado e isso abriu a brecha para que Claus entrasse no radar da Fifa. O paulista de 42 anos foi eleito de 2016 a 2018 o melhor árbitro do Brasileirão. Wilton, por sua vez, ganhou o prêmio em 2019.

A Fifa geralmente confirma os escolhidos para o Mundial com cerca de cinco meses de antecedência. De praxe, a entidade escolhe um árbitro por país para atuar no campo e outro como VAR.

Mas tanto Wilton e Claus têm feito os cursos e encontros da Fifa na condição de campo. No VAR, Wagner Reway (hoje, ligado à Federação Paraibana) e Raphael Traci (do Paraná) têm participado dos eventos internacionais na cabine, o que aumenta o ar de imprevisibilidade sobre a decisão final da comissão de árbitros da Fifa. Reway tem a seu favor o fato de ter sido convocado para a Copa do Mundo feminina, em 2019, e nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Os quatro estiveram em um seminário de arbitragem que a Fifa fez em fevereiro, na Argentina. A chegada de Wilson Seneme, que estava na Conmebol, para chefiar a comissão da CBF não afeta o status dos árbitros que almejam ser mundialistas. O poder se concentra em Zurique, nas mentes do diretor de arbitragem da Fifa, o suíço Massimo Busacca, e do italiano Pierluigi Collina, presidente do comitê de árbitros.

Nos últimos seis jogos que fez como árbitro principal pelas Eliminatórias da Copa, Claus apitou três partidas da Argentina. Wilton, por sua vez, fez um jogo dos argentinos nas últimas seis escalas. Ele atuou mais em jogos do Peru (três vezes).

E as mulheres?

Edina Alves Batista é a principal árbitra do quadro brasileiro e isso a coloca como favorita para estar na Copa do Mundo feminina, em 2023. Ela já apitou o Mundial feminino de 2019, na França, e os Jogos Olímpicos de Tóquio. Edina também quebrou uma barreira importante, porque foi a primeira mulher a apitar um jogo de um torneio masculino da Fifa, o Mundial de Clubes de 2020 (que ocorreu em fevereiro de 2021).

Já Daiane Caroline Muniz dos Santos é a principal candidata para ir à Copa do Mundo feminina em 2023 como VAR. Edina e Daiane estiveram em um curso da Fifa em Portugal, em março, já pensando na competição do ano que vem.

Ambas estarão em um campeonato na França, nos próximos meses, o Torneio Maurice Revello, que começa em 29 de maio. A agenda de competições de seleções e eventos da Fifa, inclusive, afetou as escalas de Edina ao longo do Brasileirão do ano passado.