“Estou muito feliz por esse momento. Devo tudo ao Palmeiras e às minhas companheiras. Estamos jogando muito bem e creio que isso fez com que eu chegasse à Seleção Brasileira. É a minha primeira competição oficial e espero fazer bons jogos”, declarou Duda Santos, titular em todos os jogos do líder Palmeiras no Campeonato Brasileiro desta temporada.

Após ficar fora dos gramados por cerca de dois meses, Ary se recuperou da lesão no menisco do joelho esquerdo, ganhou minutos na goleada contra o Cresspom antes da parada para a Copa América e continua sendo nome de confiança da técnica Pia Sundhage. “Estou vindo de boas convocações e boas atuações. Espero poder voltar no mesmo nível que eu estava ou até melhor, pois estou me preparando para isso”, disse a camisa 8, presente em todas as convocações deste ano.

A primeira rodada do torneio sul-americano já reserva um confronto entre palestrinas: o Brasil estreia neste sábado (9) contra a Argentina, às 21h (horário de Brasília), no estádio Centenário, em Armênia-COL, pelo grupo B da competição – as outras partidas da Seleção Brasileira na fase de grupos serão nos dias 12, 18 e 21 de julho, contra Uruguai, Venezuela e Peru, respectivamente.

Já a Seleção Argentina, da xerife Agustina, encara na sequência o Peru no dia 12 de julho, o Uruguai no dia 15 e encerra a fase de grupos contra a Venezuela no dia 21. As duas melhores equipes da chave se classificarão para as semifinais.

“O primeiro confronto da Argentina vai ser contra o Brasil, uma seleção que é potência no mundo, mas não podemos esquecer o trabalho que a Argentina vem fazendo. Em relação a enfrentar as meninas, vai ser bem especial. Sempre estamos torcendo pelo triunfo de cada uma, mas, na hora de defender a seleção, claro que cada uma vai querer a vitória”, comentou Agustina, que está no Verdão desde 2020 e participou da Copa América em duas oportunidades (2014 e 2018).

O duelo deste sábado pode ser histórico para a Bia Zaneratto. Se entrar em campo, a camisa 10 ultrapassará Sissi, primeira jogadora do Palmeiras a balançar as redes em uma Copa do Mundo, e se tornará a Palestrina com mais jogos pela Seleção Brasileira em todos os tempos – como atletas do clube, ambas defenderam o país em 13 oportunidades. “É sempre muito bom estar na Seleção e também é gratificante sermos reconhecidas pelo que nós fazemos no clube”, comentou a Imperatriz, artilheira do elenco na temporada.

O Verdão também está fazendo história do lado de fora dos gramados com a analista de desempenho Vanessa Fernanda, primeira representante alviverde em uma comissão técnica de Seleção Brasileira feminina. No clube desde a reativação da modalidade, em 2019, a bicampeã da Copa Paulista (2019 e 2021) é também analista da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) há quatro anos. “A convocação representa não só a valorização do meu trabalho, mas de toda a instituição. O Palmeiras foi um dos principais fatores para a realização dessa oportunidade”, comemorou Vanessa.

A Copa América dará três vagas diretas para a Copa do Mundo FIFA da Nova Zelândia e da Austrália 2023. Além disso, a campeã e a vice continental também garantirão automaticamente a classificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Todos os duelos brasileiros serão transmitidos pelo SBT. “Sabemos da importância dessa competição e vamos com tudo em busca de mais um título”, finalizou Bia.

Classificado para a próxima fase do Brasileiro Feminino com o melhor ataque e no topo da tabela, o Palmeiras volta a campo após a pausa para a Copa América, no dia 3 de agosto, às 16h, para enfrentar o Avaí/Kindermann, no Allianz Parque.

Palmeiras na Seleção Brasileira feminina

A história do Palmeiras na Seleção Brasileira feminina começou em 1997, com a goleira Maravilha, a meia Tânia Maranhão e a lateral-direita Marisa. As pioneiras foram convocadas para participar de um amistoso contra a Holanda e iniciaram a caminhada das Palestrinas com a camisa amarela.

Em 1999, Sissi continuou escrevendo a história e foi a primeira jogadora palmeirense a marcar gols em Copas do Mundo. A meia-atacante anotou três tentos na vitória por 7 a 1 diante do México, no dia 19 de junho daquele ano, no Giant Stadium, em Nova Iorque-EUA. Artilheira da competição ao lado da chinesa Sun Wen, Sissi recebeu a Chuteira de Ouro da Fifa, tornando-se a primeira brasileira a receber tal honraria. No total, a atleta participou de cinco partidas e balançou as redes em sete oportunidades.

Eleita a melhor meia da Copa do Mundo de 1999, ela também fez parte da seleção das Estrelas do Mundial e, no fim da temporada, foi considerada a segunda melhor jogadora de futebol do mundo, recebendo a Bola de Prata da Fifa. Sissi atuou pelo Verdão por duas temporadas, em 1999 e 2000. Com o manto alviverde, foi vice-campeã do Paulista e do Brasileiro, ambos em 2000.

Palestrinas com mais jogos pelo Brasil

1ª – Bia Zaneratto e Sissi: 13 jogos

2ª – Ary Borges: 12 jogos

3ª – Julia Bianchi: 10 jogos



Palmeiras, 2022, futebol feminino

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