Copa do Mundo: campanhas da seleção brasileira que ficaram no imaginário santa-mariense

Letícia Almansa Klusener

Copa do Mundo: campanhas da seleção brasileira que ficaram no imaginário santa-mariense
A Copa do Mundo em que a Seleção Brasileira foi tri campeã, a do tetra, a eliminação para a Itália em 1982, o mundial de 2002 com vários craques são algumas das lembranças dos brasileiros quando se fala no Mundial. Mas o que você estava fazendo e com quem você estava no dia? O Diário conversou com três personalidades do futebol de Santa Maria sobre suas copas memoráveis.

Da esquerda para a direita, Filipe Machado, Maria de Lourdes Trindade e Anderson Daronco.

Acostumado a escutar jogos no rádio lavando o carro junto ao seu pai quando criança, Anderson Daronco, árbitro da Federação Internacional de Futebol (FIFA), nutre essa paixão até hoje e fez dela sua profissão. O entusiasmo cresce ao falar sobre Copa do Mundo. Ele conta que sua Copa marcante é a de 1994 e que lembra de praticamente todos os jogos da época. 

A Copa que trouxe ao Brasil a quarta estrela é lembrada por ser a primeira decidida nos pênaltis e conta com craques que permanecem no esporte até hoje, como Taffarel, Jorginho, Branco e Raí. Daronco relembra como foi marcante acompanhar a trajetória daquela seleção: 

-É uma seleção que eu aprendi a gostar, aqueles jogadores e em grande parte deles são ídolos, são pessoas das quais eu sou fã até hoje. Tu crescer vendo Romário e Bebeto fazendo gols, a forma como eles jogavam e desempenhavam isso na seleção brasileira é claro que me marcava muito.

Nesse dia, Daronco conta que fez muita festa, assim como todos seus vizinhos. Após o Brasil se consagrar campeão, embora tivesse 13 anos, rememora a alegria e satisfação da época de ter corrido para o portão de casa ao término do jogo para comemorar.

Na foto: Taffarel, Jorginho, Aldair, Mauro Silva, Marcio Santos e Branco, Mazinho, Romário, Dunga, Bebeto e Zinho. Foto: Wilson de Carvalho (CBF)

Além das lembranças dos títulos e vitórias, as derrotas não se apagam da memória. A presidente do Riograndense, médica pediatra, Maria de Lourdes Trindade, de 71 anos, conta sua história memorável com a Copa do Mundo: 

-Eu estava iniciando minha vida profissional com meu consultório e comprei uma televisão para colocar lá justamente para assistir o jogo. Eu comprei a televisão para assistir a Copa e no fim o Brasil foi desclassificado. 

A desclassificação que a presidente do riograndense lembra é a do mundial de 1982. Na ocasião, vencer aquele jogo valia uma vaga na semifinal. Ao passar pelo Brasil, a Itália conquistou sua terceira Copa do Mundo, se igualando a amarelinha. Um time que tinha Sócrates, Falcão e Zico, desapareceu da memória de Maria e deu espaço apenas à lembrança do goleador Paolo Rossi, autor dos três gols feitos contra o Brasil naquela época. 

Daronco também relembra com tristeza a eliminação pela França nos pênaltis em 1986. E mesmo muito jovem, lembra de estar na cozinha assistindo ao jogo em uma televisão antiga com uma antena que tinha uma esponja de aço na ponta.

Foto: divulgação

E tem quem hoje trabalhe com um dos ídolos da seleção do penta. O santamariense Filipe Machado, de 26 anos, jogador do Cruzeiro ressalta a importância dos craques no dia a dia de um atleta. Ele lembra com alegria a seleção que acompanhou quando mais novo. A Copa memorável de Filipe é a de 2002: 

-O craque daquela copa é o meu chefe hoje. Fica meio clichê, mas é um sonho de criança, é uma lenda que costumávamos ver pela televisão, jogar videogame. Sempre que pode está presente nos treinos e jogos, vai no vestiário e brinca com todo mundo – comenta.

Na Copa de 2002 não se falava em outra coisa, a pauta era o cabelo do Ronaldo Fenômeno. Tendo em vista a dificuldade nas eliminatórias, o time da época tinha seus problemas e recebia muitas críticas. Comandado por Luiz Felipe Scolari, o time tinha jogadores em recuperação de lesões e não estava desempenhando um futebol que encantava. Mesmo assim, conquistou a quinta estrela. 

Fenômeno no vestiário após a conquista. Foto: CBF

Filipe conta que lembra do jogo contra a Inglaterra pelas quartas de final, único daquela copa que Fenômeno ficou sem marcar. O placar ficou em 2×1 para o Brasil com gol de Rivaldo e um gol feito por uma cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho aos 5 minutos do segundo tempo. A Copa de 2002, em Yokohama, no Japão, foi a primeira no continente Asiático. A final foi contra a Alemanha e os dois gols foram marcados pelo atual chefe de Filipe. 

Comemoração do Fenômeno após o primeiro gol. Foto: Matthew Ashton (EMPICS via Getty Images)

Início do Mundial 

A Copa do Mundo de 2022 é sediada pelo Catar. A abertura é neste domingo (20) às 12h. O jogo entre Catar e Equador começa uma hora após a cerimônia, às 13h no horário de Brasília. A seleção brasileira entra em campo contra a Sérvia apenas na quinta-feira (24), às 16h.

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